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Gringos seguem aportando recursos na Bolsa brasileira

14 jul 2023, 15:09 - atualizado em 14 jul 2023, 15:09
Ibovespa, ações
Em julho, o investidor estrangeiro retirou R$ 119,9 milhões da Bolsa brasileira. (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Os investidores estrangeiros aportaram R$ 202,81 milhões na Bolsa brasileira na última quarta-feira (12), quando o Ibovespa fechou em alta de 0,09%, aos 117,6 mil pontos, depois no dia anterior o mesmo segmento ter investido R$ 2,99 bilhões. 

Investidores institucionais retiraram R$ 423,99 milhões no mercado acionário brasileiro, enquanto pessoas físicas tiveram saldo positivo de R$ 217,11 milhões e instituições financeiras retiraram R$ 3,15 milhões.

A valorização do Ibovespa na quarta-feira foi puxada pelo otimismo renovado nos mercados acionários em Wall Street, após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos em linha com o esperado.

A JBS (JBSS3) saltou 9,05%, após notícias de planos de listagem nos Estados Unidos visando a ampliação da sua capacidade

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Estrangeiro na Bolsa brasileira

Em julho, o investidor estrangeiro retirou R$ 119,9 milhões da Bolsa brasileira. No ano, o saldo é positivo em R$ 16,9 bilhões.

A gestora Sara Delfim, da Dahlia, destacou ao Money Times que o investidor global tem poucas opções na hora de escolher em qual país investir.

“China não é um lugar óbvio porque tem controle de capital, Rússia está em guerra, Índia está muito cara, México também já andou bastante… Hoje, grande parte da nossa exposição é bolsa no brasil”, disse.

Para o Santander, que estima o Ibovespa aos 140 mil pontos até junho de 2024, a recente melhora nos dados macroeconômicos no Brasil sinaliza que as partes complexas do cenário de investimentos estão começando a se alinhar, “criando um quadro mais coerente e promissor para as ações brasileiras”.

“Podemos estar nos estágios iniciais de um ciclo altista [para a Bolsa] no Brasil, que pode durar até 18 meses”, disse Aline de Souza Cardoso, em relatório recente. A analista disse que os preços das ações ainda estão abaixo da média histórica de 15 anos.