Mercados

Gringos estancam sequência de entradas bilionária na B3; podem vir retiradas por aí?

23 nov 2023, 12:53 - atualizado em 23 nov 2023, 12:53
gringos na b3
A B3 registrou quatro entradas consecutivas que, juntas, somam R$ 7,2 bilhões (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Segundo o último dado divulgado desta terça-feira (21), os investidores estrangeiros compraram “só” R$ 649,36 milhões de ações na B3. O valor é o mais baixo após sequência bilionária em quatro dias consecutivos que somaram R$ 7,2 bilhões.

A entrada mais baixa veio alinhada ao baixo desempenho da bolsa na terça-feira que fechou o dia com uma desvalorização de 0,26%, a 125.626,03 pontos. O movimento seguiu a baixa dos mercados acionários nos Estados Unidos, que repercutiram a ata da última reunião de representantes do Federal Reserve (Fed).

Segundo a ata, os membros que votam no comitê ainda estão preocupados com a “teimosia” da inflação e o risco de um repique, comprometendo-se assim a manter a política monetária em níveis restritivos.

A ata mostra uma divisão clara entre aqueles que querem por um ponto final no aperto e aguardar o efeito das 11 altas ratificadas até aqui e àqueles que pensam ser necessário mais um incremento, de 0,25 ponto percentual, o que elevaria a taxa de juros para o patamar de 5.50% — 5.75%.

  • Como o novo presidente da Argentina, Javier Milei, pode fazer o Bitcoin decolar? Saiba como aproveitar essa oportunidade no Giro do Mercado desta quarta-feira (22), é só clicar aqui: 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Gringos na B3: Podem vir retiradas pela frente? 

É cedo dizer se uma única queda nas entradas pode desencadear uma fuga de capital, uma vez que, nesta semana, o Brasil e os Estados Unidos têm feriados. De acordo com o estrategista-chefe da Nova Futura Private, Nicholas Muroga Kawasaki, a redução no fluxo estrangeiro é tida como normal.

“Com o dólar se aproximando dos R$ 4,85/4,80, e uma semana em que temos o feriado de Thanks Giving, que é de grande importância para o americano. Por enquanto, não enxergo esse movimento como um receio de alta de juros dos EUA”, apontou Kawasaki.

No entanto, ele reitera que não é descartada uma virada de chave caso os dados econômicos americanos começarem a contar outra história. Ou até se o Brasil tiver um problema político interno mais grave como uma disputa entre os três poderes executivo, legislativo e judiciário.