Mercados

Gringos dão suporte para Ibovespa ir além, mas decisão do Fed em dezembro deixa dúvidas

22 nov 2023, 10:32 - atualizado em 22 nov 2023, 10:32
b3 - gringos
No mês de novembro, o saldo do fluxo de capital estrangeiro na B3 está em R$ 12,3 bilhões positivos (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

Os investidores estrangeiros estão apostando tudo na bolsa brasileira em novembro. Segundo o último dado divulgado desta segunda-feira (20), feriado no Brasil, eles compraram mais R$ 1 bilhão de ações.

No mesmo dia, o Ibovespa (IBOV) atingia a máxima de 125.957,06 pontos, sendo a quarta alta consecutiva. O dado fez analistas projetarem os 131 mil pontos até o final do ano.

Apesar de as taxas futuras de juros terem voltado a subir na segunda-feira, interrompendo a sequência de três baixas consecutivas, o Ibovespa conseguiu se segurar em campo positivo com o apoio dos índices acionários em Wall Street, em meio ao aumento das apostas de cortes de juros no primeiro semestre de 2024 após dados econômicos terem vindo mais fracos, além da forte valorização das ações da Vale (VALE3).

Agora, a preocupação é se essa sequência de entrada dos gringos poderá seguir até o final do ano. O mercado indica que sim, já que apostam no fim do aperto monetário nos Estados Unidos. As projeções dos analistas são de manutenção dos juros, mas o Federal Reserve não descarta altas na próxima reunião.

Fomc deixa dúvidas ao mercado

Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) divulgou ontem a ata da última decisão monetária do Fed que manteve os juros inalterados na faixa de 5.25% — 5.50%.

O documento deixa claro a falta de apetite para cortes na taxa de juros no horizonte breve, à medida que a inflação permanece bem acima da meta oficial de 2%.

Segundo a ata, os membros que votam no comitê ainda estão preocupados com a “teimosia” da inflação e o risco de um repique, comprometendo-se assim a manter a política monetária em níveis restritivos.

A ata mostra uma divisão clara entre àqueles que querem por um ponto final no aperto e aguardar o efeito das 11 altas ratificadas até aqui e àqueles que pensam ser necessário mais um incremento, de 0,25 ponto percentual, o que elevaria a taxa de juros para o patamar de 5.50% — 5.75%.

*Com Jorge Fofano

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