Greves paralisam Reino Unido com salários corroídos por inflação
Algumas das maiores estações ferroviárias de Londres fecharam nesta quinta-feira, com aeroportos como o de Gatwick privados de qualquer serviço ferroviário, em greves que atingira um ponto crítico.
Os serviços de transporte para a capital britânica administrados pela Thameslink, Southern e Southeastern foram totalmente interrompidos.
Os maquinistas representados pelo sindicato Aslef entraram em greve após uma longa disputa sobre pagamento.
A Grã-Bretanha está atolada em paralisações de trabalhadores que vão desde condutores de trem a enfermeiros a funcionários do controle de fronteiras que protestam contra ofertas de reajuste salarial abaixo da inflação. Em retaliação, o governo conservador prepara uma nova legislação para forçar trabalhadores de setores cruciais a manter os níveis de serviço durante a greve.
A paralisação foi rotulada de “quinta-feira trágica” pelos chefes ferroviários devido ao seu efeito nos serviços.
As estações London Bridge, Victoria e City Thameslink não têm nenhum serviço. Também não há serviços na linha que liga Londres a Birmingham, Manchester e Glasgow.
Algumas operadoras ferroviárias oferecem um serviço muito reduzido, como a Great Western Rail, que está fornecendo um trem por hora para a estação de Paddington.
Os viajantes que chegam ou partem do distante aeroporto de Gatwick terão que ir de ônibus ou carro. Mas a maioria dos bilhetes para os serviços de ônibus do aeroporto já estão esgotados. Também não há trens para o aeroporto de Luton.
Os serviços de ônibus no oeste e no sul de Londres também estão interrompidos por uma greve que entra em seu segundo dia.
O sindicato Aslef reelegeu recentemente seus membros e agora tem um mandato para realizar novas greves até junho. As conversas entre dirigentes sindicais, ministros e executivos de empresas ferroviárias devem ser retomadas no início da próxima semana.