Greve dos caminhoneiros pode piorar situação da CCR e da Ecorodovias
Uma possível greve dos caminhoneiros poderia piorar a situação das concessionárias de rodovias, como a CCR (CCRO3) e a Ecorodovias (ECOR3), afirma a Ágora em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (14). As operadoras já enfrentam dificuldades devido a pandemia do coronavírus, que derrubou o tráfego de veículos.
Uma nova greve nacional dos caminhoneiros está marcada para ocorrer no dia 1° de fevereiro, e já conta com o apoio de 21 estados brasileiros, segundo o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, que afirmou ao Money Times a confirmação da paralisação.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, marcou encontro com o presidente do CNTRC, Plínio Dias em 26 de janeiro. Os caminhoneiros protestam contra a alta dos preços do diesel e pedem uma aplicação mais rígida dos direitos dos trabalhadores.
A greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, provocou uma crise de abastecimento de proporções nacionais, elevou os gastos do governo e jogou para baixo o crescimento do PIB.
“Uma nova greve de caminhoneiros pode causar impactos nas operadoras de rodovias e criar interrupções nas cadeias de suprimentos de bens de capitais”, afirmam os analistas Victor Mizusaki e Ricardo França.
Por outro lado, observa a dupla, a greve poderia fortalecer os movimentos das empresas para depender menos de caminhoneiros independentes e mais de operadores logísticos.
A Ágora manteve a recomendação de compra para as ações da CCR, com preço-alvo de R$ 20, e da Ecorodovias, preço-alvo de R$ 18.