Greve do setor automobilístico dos EUA atinge em cheio gigante siderúrgica brasileira
Gerdau (GGBR4) irá reduzir a produção de aço especial nos Estados Unidos devido à greve de trabalhadores do setor automobilístico que paralisa parte da produção das três maiores montadoras do país.
A declaração foi feita pelo presidente da empresa, Gustavo Werneck, à Bloomberg em uma conferência realizada em São Paulo na última quarta-feira (27).
O executivo diz que a empresa espera observar impactos nas próximas demonstrações financeiras, realçando o fato de que a operação da América do Norte é, junto à brasileira, a maior fonte de receita líquida da siderúrgica.
Lucas Laghi, da XP, estima um impacto de 4% a 12% no Ebitda da companhia (lucros antes de taxas, juros, despesas e amortizações), dependendo da duração das greve e levando em consideração os impactos somente na divisão de aços especiais.
As ações da Gerdau caíram quase 5% desde o dia 15 de setembro, data de início dos trabalhadores da United Auto Workers (UAW).
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Greve da UAW completa décimo terceiro dia
O sindicato que mobiliza a greve nas três maiores montadoras dos EUA espera obter, ao menos, 30% de reajuste salarial para os trabalhadores do setor automobilístico; o patamar é menor do que os 40% inicialmente propostos pela cúpula da UAW.
A greve, que começou no dia 15 de setembro paralisa parte das plantas de Ford, GM e Stellantis no estado de Michigan.
Nesta semana, o presidente norte-americano Joe Biden se juntou às manifestações em uma caminhada na capital automobilística, Detroit. Na oportunidade, o presidente americano disse aos grevistas da UAW que “eles merecem o aumento que eles precisam”.