Agronegócio

Greening atinge 19% dos laranjais do cinturão citrícola SP-MG, diz Fundecitrus

31 jul 2019, 19:46 - atualizado em 12 abr 2021, 13:43
Segundo o órgão, cerca de 37,1 milhões de árvores na região possuem sintomas da doença, que não tem cura e leva os frutos a caírem precocemente  (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O greening, doença mais devastadora da citricultura na atualidade, foi identificado em 19,02% dos laranjais do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais, nível 4,8% maior que o de 2018, informou nesta quarta-feira o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

Segundo o órgão, cerca de 37,1 milhões de árvores na região possuem sintomas da doença, que não tem cura e leva os frutos a caírem precocemente, reduzindo a produção significativamente.

“É importante frisar que atingimos um patamar alto e que precisamos, de fato, impedir essa tendência de crescimento da doença”, disse o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, destacando que as medidas de controle do greening permitiram a manutenção da competitividade citrícola do Brasil desde que a doença foi inicialmente detectada no país, há 15 anos.

Os pomares menores, de acordo com o Fundecitrus, são os mais afetados pelo greening, com 47,5% das árvores doentes localizadas em propriedades com até 10 mil laranjeiras.

“É necessário intensificar as ações de transferência de tecnologia voltadas aos pequenos e médios produtores para ajudá-los no manejo da doença”, disse Ayres.

Além do greening, outra doença que se alastrou pelo cinturão citrícola é o cancro cítrico, verificado em 15% das árvores da região, ou 29,3 milhões de plantas, uma alta de 28% em relação ao ano passado, afirmou o Fundecitrus.

A entidade destacou que o aumento na incidência da doença era esperado, pois o cancro cítrico avança por São Paulo desde que o Estado adotou o status de “área sob mitigação de risco” em 2017, permitindo que plantas sintomáticas sigam nos pomares.

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