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Grãos se dividem entre pressão de fundamentos e especulação de que a China ‘pegará leve’

29 nov 2022, 8:50 - atualizado em 29 nov 2022, 8:59
Soja Agricultura Agronegócio
Cenários misturados para os grãos nesta manhã em Chicago (Foto: ANeto)

Por hora, o movimento das commodities agrícolas se divide entre apostas de que a China possa flexibilizar o programa de covid zero e um ambiente financeiro mais leve, com alguns dados de fundamentos.

Não tem nada definido nesta terça (29), às 8h55 (Brasília).

Milho começou a perder sustentação, e voltou a subir, o trigo encurtou as altas – ambos seguindo dados do USDA – e a soja se mantém estável, no positivo, mas sem força.

Respectivamente, desconta em torno de 0,20%, US$ 6,71 (março); sobe 0,40%, US$ 7,84 (março); e sobe 0,30%, US$ 14,61 (janeiro).

Há fundamentos de baixa para milho e trigo, baseados nos números de exportações do USDA da segunda.

Vieram mais tímidas, especialmente para o primeiro cereal, com atraso de mais de 30% frente à temporada anterior.

A soja se animou na véspera, em mais de 20 ponto, mas nesta manhã os agentes começam a ponderar melhor os dados do governo americano. Afinal, as vendas internacionais, inclusive para a China, não extrapolaram os limites do previsto na semana concluída dia 24.

Além do mais os números da safra na América do Sul ainda não estão consolidados. O plantio brasileiro já chega perto do 90% e na Argentina há atraso.

Por falar em Argentina, a instituição do dólar soja, valido desde ontem, ainda não surtiu efeito esperado, mas há que se aguardar os mercados absorverem a volta desse tipo de câmbio que favorece as exportações do país e daria, em tese, pressão de baixa ao grão.

Logo, juntando tudo, vem a ajuda dos cenários chinês e financeiro.

Em se tratando de China, o cenário é especulativo, meramente, segundo o qual Pequim poderia empreender algum grau menos restritivo no combate à doença – que bate recordes de infecções – ao invés de reprimir as manifestações contra a política de endurecimento.

Com isso, influencia um pouco a baixa do dólar nos mercados internacionais, alimenta os índices futuros de ações nos Estados Unidos – ambos modestamente, é verdade -, e injeta recuperação ao petróleo. Não esquecendo que a ata do Federal Reserve, divulgada na semana anterior, deixou a expectativa de que a próxima rodada de juros será menos severa.

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