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Grãos: Produção do Brasil deve crescer quase 25% em 10 anos; veja projeções por culturas

20 jul 2023, 11:50 - atualizado em 20 jul 2023, 11:50
Graos
Segundo estudo, o Brasil deve exportar mais de 60% do volume global de soja em 2033, enquanto etanol pressiona o milho e a oleaginosa; entenda (Imagem: Mohamed Abd El Ghan)

A produção de grãos no Brasil deve aumentar 24,1% nos próximos dez anos, chegando perto de 390 milhões de toneladas na safra 2032/2033, acréscimo de 75,5 milhões de toneladas.

Essa alta corresponde a uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Assim, soja, milho segunda safra e o algodão devem continuar alavancando o crescimento da produção de grãos.

Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/2023 a 2032/2033, feito pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Dessa forma, a área de grãos deve expandir dos atuais 77,5 milhões de hectares para 92,3 milhões de hectares em 2032/33, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um avanço de 14,7 milhões de hectares.

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Crescimento por cultura

Milho e soja

A produção de soja em 2032/2033 está projetada para 186,7 milhões de toneladas, acréscimo de 20,6% em relação à produção de 2022/23.

Já as exportações da oleaginosa estão projetadas em 121,4 milhões de toneladas, com participação prevista de 60,6% nos embarques mundiais.

Por outro lado, a produção total de milho está projetada para 160 milhões de toneladas para 2032/33, alta de 27% em relação à produção de 2022/23.

Brasil e Estados Unidos deverão liderar juntos as exportações mundiais de milho, estimadas em 69 milhões de toneladas por país, com cada nação respondendo por 30% dos embarques globais.

Milho e soja deverão sofrer pressão devido ao uso crescente como culturas relevantes para produção de biocombustíveis – biodiesel e etanol de milho.

Algodão

As projeções do algodão em pluma indicam produção de 3,6 milhões de toneladas em dez anos, expansão de 26,8%, dominado principalmente pela produtividade.

Mato Grosso e Bahia respondem atualmente por 90% da produção nacional, e espera-se que o aumento da produtividade seja impulsionado por melhoramento genético, melhores práticas agronômicas, novas tecnologias e agricultura de precisão.

Assim, o Brasil deve responder por 12,5% da produção mundial de algodão em 2030. Estados Unidos, Brasil e Índia deverão ser os principais exportadores ao final destas projeções.