Grãos: Produção do Brasil deve crescer quase 25% em 10 anos; veja projeções por culturas
A produção de grãos no Brasil deve aumentar 24,1% nos próximos dez anos, chegando perto de 390 milhões de toneladas na safra 2032/2033, acréscimo de 75,5 milhões de toneladas.
Essa alta corresponde a uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Assim, soja, milho segunda safra e o algodão devem continuar alavancando o crescimento da produção de grãos.
Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/2023 a 2032/2033, feito pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
- Como o fim do acordo de grãos no Mar Negro impacta na economia e no agronegócio brasileiro? Entenda os desdobramentos do caso no Giro do Mercado com o analista Matheus Spiess. Aproveite para se inscrever no nosso canal e fique ligado nas próximas lives, de segunda a sexta-feira, às 12h.
Dessa forma, a área de grãos deve expandir dos atuais 77,5 milhões de hectares para 92,3 milhões de hectares em 2032/33, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um avanço de 14,7 milhões de hectares.
Crescimento por cultura
Milho e soja
A produção de soja em 2032/2033 está projetada para 186,7 milhões de toneladas, acréscimo de 20,6% em relação à produção de 2022/23.
Já as exportações da oleaginosa estão projetadas em 121,4 milhões de toneladas, com participação prevista de 60,6% nos embarques mundiais.
Por outro lado, a produção total de milho está projetada para 160 milhões de toneladas para 2032/33, alta de 27% em relação à produção de 2022/23.
Brasil e Estados Unidos deverão liderar juntos as exportações mundiais de milho, estimadas em 69 milhões de toneladas por país, com cada nação respondendo por 30% dos embarques globais.
Milho e soja deverão sofrer pressão devido ao uso crescente como culturas relevantes para produção de biocombustíveis – biodiesel e etanol de milho.
Algodão
As projeções do algodão em pluma indicam produção de 3,6 milhões de toneladas em dez anos, expansão de 26,8%, dominado principalmente pela produtividade.
Mato Grosso e Bahia respondem atualmente por 90% da produção nacional, e espera-se que o aumento da produtividade seja impulsionado por melhoramento genético, melhores práticas agronômicas, novas tecnologias e agricultura de precisão.
Assim, o Brasil deve responder por 12,5% da produção mundial de algodão em 2030. Estados Unidos, Brasil e Índia deverão ser os principais exportadores ao final destas projeções.