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Grãos mais caros (por culpa da Argentina) não abalam BRF, JBS e M. Dias Branco

22 maio 2021, 18:41 - atualizado em 22 maio 2021, 18:41
Milho Grãos Agronegócio Commodities
A Argentina responde por cerca de 20% do comércio global de milho, 7% de trigo e 5% de soja, mas a ligeira alta dos grãos no curto prazo pouco mexe com as ações da BRF, JBS e M. Dias Branco (Imagem: Reprodução)

A crise atual vivida pela Argentina, motivada pela oferta escassa de vacinas contra a Covid-19, pode elevar no curto prazo os preços dos grãos agrícolas no mercado internacional, mas sem afetar muito as ações brasileiras do agronegócio, avalia a Ágora Investimentos.

No dia 21 de maio, o porto de Rosário, principal usado para grãos na Argentina, sofreu complicações devido a uma greve de 48 horas realizada por capitães de rebocadores e outros trabalhadores que cuidam do fluxo de navios agrícolas, que exigem acesso a vacinas para Covid-19, de acordo com informações de autoridades portuárias.

“A interrupção das exportações de grãos do setor agrícola argentino pode, no curto prazo, levar a preços globais de grãos ligeiramente mais altos do que esperamos, já que a Argentina responde por cerca de 20% do comércio global de milho, 7% de trigo e 5% de soja“, explicam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França, que assinam o relatório da casa de análises.

O setor rural argentino está em verdadeiro pé-de-guerra com o presidente do país, Alberto Fernández, e ameaça suspender as exportações de grãos, carne suína e aves se o governo progressista não suspender a proibição das exportações de carne bovina.

Apesar do cenário caótico que, mistura crise sanitária, política e econômica no país vizinho ao Brasil, os analistas da Ágora pontuam que os efeitos às ações do agro brasileiro serão limitados.

Veja a seguir as recomendações da Ágora Investimentos no agronegócio brasileiro:

Empresa Código Recomendação Preço-alvo (R$)
BRF BRFS3 Compra 32
JBS JBSS3 Compra 38
M. Dias Branco MDIA3 Compra 34