Grãos mais caros (por culpa da Argentina) não abalam BRF, JBS e M. Dias Branco
A crise atual vivida pela Argentina, motivada pela oferta escassa de vacinas contra a Covid-19, pode elevar no curto prazo os preços dos grãos agrícolas no mercado internacional, mas sem afetar muito as ações brasileiras do agronegócio, avalia a Ágora Investimentos.
No dia 21 de maio, o porto de Rosário, principal usado para grãos na Argentina, sofreu complicações devido a uma greve de 48 horas realizada por capitães de rebocadores e outros trabalhadores que cuidam do fluxo de navios agrícolas, que exigem acesso a vacinas para Covid-19, de acordo com informações de autoridades portuárias.
“A interrupção das exportações de grãos do setor agrícola argentino pode, no curto prazo, levar a preços globais de grãos ligeiramente mais altos do que esperamos, já que a Argentina responde por cerca de 20% do comércio global de milho, 7% de trigo e 5% de soja“, explicam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França, que assinam o relatório da casa de análises.
O setor rural argentino está em verdadeiro pé-de-guerra com o presidente do país, Alberto Fernández, e ameaça suspender as exportações de grãos, carne suína e aves se o governo progressista não suspender a proibição das exportações de carne bovina.
Apesar do cenário caótico que, mistura crise sanitária, política e econômica no país vizinho ao Brasil, os analistas da Ágora pontuam que os efeitos às ações do agro brasileiro serão limitados.
Veja a seguir as recomendações da Ágora Investimentos no agronegócio brasileiro:
Empresa | Código | Recomendação | Preço-alvo (R$) |
---|---|---|---|
BRF | BRFS3 | Compra | 32 |
JBS | JBSS3 | Compra | 38 |
M. Dias Branco | MDIA3 | Compra | 34 |