Dividendos

Grandes pagadoras de dividendos devem ter ‘período de ressaca’, diz Louise Barsi, mas um setor ainda tem oportunidades

10 mar 2024, 14:21 - atualizado em 11 mar 2024, 0:45
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Pensando em dividendos, Louise diz que dificilmente a foge das empresas do BEST (Imagem: Canva Pro)

Em recente entrevista realizada na última quarta-feira (6), ao Irmãos Dias PodcastLouise Barsi, filha de Luiz Barsi, destacou que mais do que buscar por dividendos, os investidores precisam “prestar muita atenção” ao fato de que grandes pagadoras de proventos dos últimos anos, podem passar por um período de ressaca.

Louise ainda disse que o movimento poderá acontecer principalmente entre as exportadoras.

A herdeira de Barsi também entrou no tema commodities, e explicou que, atualmente, não estamos vivendo uma época positiva para boa parte delas, com exceção do petróleo.

“A gente não vai ver dividendos tão grandes e voluptuosos, como a gente viu nesses últimos dois ou três anos”, prevê.

A melhor escolha em dividendos

Pensando em dividendos, Louise diz que dificilmente foge das empresas do BEST (sigla para Bancos, Energia, Seguro, Saneamento e Telecom).

Contudo, a investidora faz uma ressalva, e diz que, talvez, o setor de saneamento não surpreenda muito em dividendos este ano.

Nesse sentido, ela detalha que a principal companhia listada, a Sabesp (SBSP3), está passando por um grande momento agora, que é o processo de privatização, e avalia que dividendo não é a prioridade no momento, falando especificamente da companhia.

Mas no panorama geral, Louise reforça que será difícil sair destes segmentos. A preferência é por empresas que não deem grandes saltos em dividendos, mas que em momentos de um pouco mais de incerteza, você sabe que vai ter pelo menos o dividendo mínimo obrigatório.

“A gente sempre busca ao mínimo 6% ao ano em dividendos, sempre buscando dentro desses setores, as melhores oportunidades”.

Setor de transmissão

Louise diz que espera as novidades do setor de transmissão e lembra que, este mês, teremos um leilão “bem grande”.

Ela avalia ainda que a cada leilão que passa, o setor se supera porque dentro do segmento de energia, é o que está trazendo grandes oportunidades.

“Ocorre que, você está gerando boa parte dessa energia no Nordeste, enquanto o centro consumidor é o SulSudeste e você precisa, de alguma maneira, transportar do ponto A para o ponto B. Então, a gente tem ainda grandes oportunidades no setor de transmissão”.

Louise destaca que vale acompanhar o leilão, assim como algumas notícias que já são antigas, mas que sempre acabam ressurgindo e permeiam este tipo de ação.

“Tem sempre aquele medo e insegurança dos investidores, em relação a alavancagem. Por exemplo: Taesa (TAEE11) e Isa Cteep (TRPL4)”.

Ainda sobre TRPL, a investidora citou a questão que ainda paira sobre a possibilidade de Eletrobras (ELET3) liberar a sua posição na companhia e vender isso para um terceiro. Ela relembra que da última vez que a notícia apareceu, acabou não se concretizando, mas o papel caiu pra baixo dos 20%.

Por fim, Louise brinca ao dizer que espera ansiosamente “o jacaré estar de boca aberta” e continua de olho no setor.

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