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‘Grandes demais para quebrar’ é novo mantra em bolsas dos EUA

04 ago 2020, 15:47 - atualizado em 04 ago 2020, 15:47
Apple
Embora possa existir apoio popular para reduzir o poder de mamutes como Apple e Amazon.com, o apoio também é alto para as próprias ações – como termômetros de esperança e riqueza (Imagem: Unsplash/@aseelyasi)

Todo o ranger de dentes no Congresso dos Estados Unidos durante a interminável ascensão do setor tecnologia não fez nada para impedir que as gigantes se tornassem ainda maiores no mercado acionário. Nova pesquisa diz que, no que diz respeito à economia, isso é um sinal de sorte.

Embora possa existir apoio popular para reduzir o poder de mamutes como Apple (AAPL) e Amazon.com (AMZN), o apoio também é alto para as próprias ações – como termômetros de esperança e riqueza. Mexer em um sem explodir o outro pode ser difícil, pelo menos segundo um novo relatório.

Em relatório intitulado “Stocks Are Too Big To Fail (ações são grandes demais para quebrar)”, Michael Kantrowitz, estrategista da empresa de pesquisa Cornerstone Macro, de Nova York, argumentou que a psicologia na economia raramente esteve tão firmemente vinculada aos ganhos acionários como agora.

Um exemplo: a confiança do consumidor está correlacionada com o S&P 500 mais do que em qualquer outro momento nas últimas três décadas.

“Pode-se argumentar que a queda dos preços das ações nunca teve o potencial de ser um fator negativo como agora”, escreveu Kantrowitz em nota aos clientes.

“Ações são grandes demais para quebrar aqui porque uma grande baixa no mercado acionário pode deixar o governo dos EUA com uma conta enorme.”

Nenhum desses pontos parecia pesar muito para congressistas dos EUA que, na semana passada, interrogaram executivos das maiores empresas de tecnologia dos EUA por cinco horas sobre alegações de que seu tamanho e influência estão fora de controle. Essas empresas não representam o mercado inteiro, mas estão próximas: as cinco maiores compõem 23% do S&P 500.

Talvez devessem, diz Kantrowitz. Todos, como políticos, reguladores e bancos centrais, têm motivos para serem cuidadosos ao fazer qualquer coisa que possa causar uma queda no mercado com uma pandemia e recessão, escreveu.

De fato, as ações têm desempenhado um papel tão importante no aumento da renda e da confiança que é provável que os formuladores de políticas sejam obrigados a resgatá-las diante de sinais de problemas.

O Fed vai pressionar sua política monetária frouxa, enquanto os gastos do governo continuarão aumentando, disse o estrategista em entrevista.

“Não estou dizendo que as ações não cairão no futuro”, afirmou. “Só que o ‘custo’ dos preços mais baixos das ações nunca foi tão alto.

Federal Reserve
O Fed vai pressionar sua política monetária frouxa, enquanto os gastos do governo continuarão aumentando, disse o estrategista em entrevista (Imagem: Reuters/Leah Millis)

Parece mais barato e fácil para a maioria manter a música tocando e apoiando o mercado acionário e, por extensão, a economia.”

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