Grande varejista quita dívida com fundo imobiliário e decisão judicial derruba FIIs de papel
O fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11) comunicou ao mercado que a varejista de móveis e decoração Tok&Stok pagou o valor integral do aluguel de janeiro, que estava vencido desde 6 de fevereiro, e foi alvo de uma ação de despejo.
Em comunicado, o VILG11 explica que o pagamento foi realizado em 24 de março. Com isso, a varejista depositou em juízo R$ 2.092.178,01 referente ao aluguel em atraso do empreendimento “Extrema Business Park I”, no sul de Minas Gerais. O imóvel é locado exclusivamente para a varejista.
Além disso, a Tok&Stok, por meio de sua controladora Estok Comércio e Representações, pagou encargos moratórios previstos em contrato e custos judiciais antecipados pelo fundo imobiliário.
Logo após o vencimento do aluguel, no início do mês passado, o Vinci Logística ajuizou uma ação de despejo contra a Tok&Stok pela falta de pagamento. Entretanto, após a conferência de quitação da pendência, o VILG11 disse que solicitará o encerramento formal da ação.
Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 encerrou o pregão desta terça-feira (28) mais uma vez em queda. Com isso, o Ifix encerrou com recuo de 0,13% (após ajustes), aos 2.764 pontos.
Entre os fundos imobiliários, o destaque de alta ficou com o XP Properties (XPPR11), com ganhos de 3,88%. O FII engatou o terceiro pregão de alta, acumulando valorização de 12% desde o anúncio de venda de quatro ativos em São Paulo, somando R$ 200,7 milhões.
Em contrapartida, os fundos Versalhes Recebíveis (VSLH11) e Tordesilhas EI (TORD11) lideraram as quedas, de 5,94% e de 5,45%, respectivamente.
O mercado reagiu negativamente à decisão da justiça de que o grupo gaúcho Gramado Park (GPK) ficará suspenso, por 60 dias, de pagar recebíveis à Forte Securitizadora (Fortesec).
A Fortesec é responsável pela emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da GPK, que atua no setor imobiliário e no turismo, e pertence ao fundo imobiliário Serra Verde (SRVD11) – leia comunicado do FII sobre o caso.
Com isso, os fundos VSLH11 e TORD11 estão expostos ao SRDV11. Além deles, o Hectare Office (HCTR11), Iridium Recebíveis (IRDM11) e Devant Recebíveis (DEVA11) são expostos ao Serra Verde e, consequentemente, à decisão da justiça do Rio Grande do Sul.
Portanto, esses três fundos imobiliários completaram o time dos cinco que mais recuaram no pregão desta terça-feira.