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GPA (PCAR3): Prejuízo consolidado sobe 264% e vai a R$ 1,1 bilhão no 4T24; veja os números do balanço

18 fev 2025, 19:05 - atualizado em 18 fev 2025, 19:05
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O GPA divulgou o balanço referente ao 4T24 nesta terça-feira (18) (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O GPA (PCAR3), dono da bandeira Pão de Açúcar, divulgou seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024 (4T24) nesta terça-feira (18), reportando um prejuízo líquido consolidado de R$ 1,1 bilhão, 264,6% maior em relação ao prejuízo do mesmo período em 2023.

No caso das operações continuadas, o prejuízo somou R$ 737 milhões, acima do resultado negativo de R$ 91 milhões um ano antes.

Segundo a companhia, no quarto trimestre de 2024 houve avanço em temas relevantes e estruturantes para o longo prazo que somaram geraram um efeito negativo de R$ 385 milhões no resultado, sendo R$ 272 milhões no resultado continuado e R$ 113 milhões no resultado descontinuado.

“O efeito caixa destes temas está concentrado, principalmente, aos parcelamentos dos acordos tributários, que proporcionaram redução dos valores em discussão, e aos gastos com rescisões no projeto de reestruturação administrativa, que trarão economias estimadas em cerca de R$ 100 milhões em 2025”, diz o GPA.

O GPA também apontou um efeito excepcional de provisões tributárias e trabalhistas que totalizaram um impacto negativo de R$ 503 milhões, sendo R$ 291 milhões no resultado continuado e R$ 211 milhões no resultado descontinuado.

Excluindo esses efeitos, a companhia afirma que o prejuízo líquido das operações continuadas reduziria de R$ 737 milhões para R$ 174 milhões, enquanto o das operações descontinuadas passaria de R$ 367 milhões para R$ 43 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mensura o potencial de geração de caixa operacional, ficou em R$ 498 milhões, um avanço de 25,4% na base anual

Já a margem Ebitda fechou em 9,5%, 1,4 ponto percentual maior do que no 4T23.

A receita líquida da companhia foi de R$ 5,2 bilhões no quarto trimestre de 2024, conforme o documento, uma variação positiva de 6,9% na comparação com 2023.

Outros números do trimestre

As vendas nas mesmas lojas tiveram aumento de 9,6%, representando uma aceleração de 4,6 pontos percentuais (p.p) em relação ao terceiro trimestre de 2024.

A bandeira Pão de Açúcar cresceu 10,2%, aceleração de 5,5 p.p. na base trimestral e a bandeira Extra Mercado avanço 10,3%, aceleração de 4,5 p.p também em base trimestral.

As despesas financeiras, por sua vez, caíram 7,7%, decorrente da redução da dívida bruta e da taxa de juros.

Nos 12 meses de 2024, a dívida líquida, excluindo os recebíveis não descontados, foi reduzida em R$ 911 milhões, devido principalmente a venda de ativos não core (central) e pela oferta pública primária de ações, que juntas totalizaram R$ 1,8 bilhão, além do fortalecimento operacional.

Nesta terça (18), as ações PCAR3 encerraram o dia na liderança negativa do Ibovespa, com queda de 6,69%, R$ 2,93. O movimento se deu após o banco JP Morgan rebaixar a classificação da companhia para venda, tendo em vista uma geração de caixa desafiadora, mesmo em meio as melhorias operacionais da empresa.

Segundo Joseph Giordano e equipe, analistas que assinam o relatório, o avanço no resultado operacional do GPA é apoiado pela revisão do sortimento e operações mais simplificadas. No entanto, embora esperem melhorias contínuas na lucratividade ao longo de 2025, a geração de caixa e alavancagem preocupam.

Confira o balanço do GPA

 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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