GPA (PCAR3) desaba quase 10% após balanço; oportunidade de compra?
Afetado por inflação e reestruturação interna, o GPA (PCAR3) apresentou um balanço do quarto trimestre definido por parte do mercado como “fraco”.
Os papéis da varejista do segmento alimentício recuavam 9,3%, a R$ 15,18, por volta das 14h desta terça-feira (28), no primeiro pregão após a divulgação dos números.
Segundo a analista Georgia Jorge, do BB Investimentos, a descontinuidade do formato hipermercado vem gerando resultados negativos para o GPA. Ela destaca a queda “acentuada” da margem bruta.
A linha recuou 2,5 pontos percentuais, a 24,3%. O GPA ainda reportou R$ 956 milhões em despesas não recorrentes, exacerbando o prejuízo do período, que chegou a R$ 1,1 bilhão.
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Chegou o momento de aproveitar a queda de PCAR3?
Os papéis PCAR3 já acumulavam queda de 15,8% nos últimos 30 dias, antecipando, segundo Jorge, a perspectiva de resultados mais fracos no quarto trimestre.
“Apesar dessa queda ter aberto upside frente ao nosso preço-alvo, de R$ 20,60, a valorização só será factível de ser alcançada se a companhia apresentar, nos próximos trimestres, resultados positivos das inciativas que vêm sendo conduzidas no momento para melhoria da operação brasileira”.
Para a analista, o resultado do 4T22 inferior as suas estimativas levará a uma revisão da projeção adotada até então pelo banco. “Optamos por nos manter mais conservadores e permanecer com a recomendação de venda”.
O Goldman Sachs manteve a recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 22.
O BTG Pactual, no entanto, seguiu em “compra”, com preço-alvo de R$ 39, mas ponderou que a ação do GPA é a mais arriscada dentre as varejistas de alimentos.