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Governo vai disponibilizar recursos do Funcafé a partir da próxima semana

02 set 2021, 16:59 - atualizado em 02 set 2021, 16:59
Café
No total, 34 instituições financeiras irão negociá-los, segundo o ministério (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

O Ministério da Agricultura informou nesta quinta-feira que assinou os primeiros 14 contratos com agentes financeiros que irão aplicar os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) nesta temporada, fazendo com que os montantes comecem a ser disponibilizados a partir da semana que vem.

Os recursos poderão, assim, ser acessados por produtores, cooperativas, indústrias e exportadores por meio dos bancos e cooperativas de crédito aptos a operá-los.

No total, 34 instituições financeiras irão negociá-los, segundo o ministério.

O orçamento estipulado para o Funcafé neste ano é de 4,64 bilhões de reais, divididos entre 1,28 bilhão de reais para custeio, 1,77 bilhão de reais para comercialização, 1,08 bilhão de reais para aquisição e 504,4 milhões de reais para capital de giro para indústrias e cooperativas.

Conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o montante de 1,32 bilhão de reais foi reservado para apoio a cafeicultures que sofreram perdas por geadas recentes.

O valor representa 20% das linhas de custeio, comercialização, capital de giro e financiamento para aquisição de café (FAC), além de 100% do valor da linha de recuperação de cafézais danificados.

“Estamos aguardando o resultado do levantamento das efetivas perdas no cafezal, que está sendo realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o que deve acontecer até o final do mês”, disse em nota o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do ministério, Silvio Farnese.

“Iremos tratar do assunto em reunião com os representantes do CDPC (Conselho Deliberativo da Política do Café)”, acrescentou.

Segundo estimativas da Emater-MG, as geadas causaram perdas em cerca de 19% das áreas de café de Minas Gerais.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também citou recentemente projeções de perdas da ordem de 20%.