Economia

Governo vai criar sistema para fortalecer crédito consignado privado, diz Haddad

29 jan 2025, 18:38 - atualizado em 29 jan 2025, 18:38
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(Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O governo vai implementar um mecanismo para fortalecer as concessões de crédito com desconto em folha de pagamento para os trabalhadores do setor privado, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citando a criação de uma plataforma para comparar taxas de juros oferecidas pelos bancos.

Em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidentes de bancos, Haddad afirmou que todos os trabalhadores formais poderão ser beneficiados.

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A Reuters mostrou em outubro que o governo buscava viabilizar taxas mais baixas por meio de uma plataforma unificada no e-social para o consignado do trabalhador com carteira assinada, modalidade já existente.

O plano, confirmado por Haddad nesta quarta, poderia permitir contato direto com os bancos, análise das melhores propostas e realização das operações.

“Esse produto provoca uma pequena revolução no crédito brasileiro porque você vai consignar no e-social, algo que toda empresa hoje tem que aderir”, disse o ministro.

De acordo Haddad, o estoque de crédito consignado privado está atualmente em 40 bilhões de reais, contra 600 bilhões de reais do consignado voltado a servidores públicos e aposentados, embora o tamanho das folhas de pagamentos seja similar nos dois casos.

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse que o novo mecanismo, que facilitará o mapeamento de risco de crédito do trabalhador privado pelos bancos, poderá triplicar o volume de consignado do setor privado.

“Temos uma perspectiva muito positiva de alavancar de forma responsável o crédito”, afirmou Sydney a repórteres na mesma entrevista.

Segundo Haddad, o governo ainda fará discussões finais sobre o mecanismo e ainda não definiu se a implementação será feita por meio de medida provisória, que tem efeito imediato, ou projeto de lei, que só começa a valer após aval do Congresso.

O ministro ressaltou que no encontro com Lula não houve discussão sobre uso de recursos do FGTS como garantia das operações de crédito consignado, atualmente limitado a 10% do saldo.

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reuters@moneytimes.com.br
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