Internacional

Governo Trump mira imigrantes que entraram legalmente nos EUA durante governo Biden

24 jan 2025, 17:20 - atualizado em 24 jan 2025, 17:20
PIB EUA revisão 3,2%
(Imagem: Unsplash/Robert Linder)

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está legitimando que autoridades de imigração avaliem se devem retirar o status temporário de legalidade de pessoas que entraram no país sob os programas de “liberdade condicional” de seu antecessor Joe Biden, no intuito de aumentar as deportações para um nível recorde, de acordo com memorando publicado na última quinta-feira (23).

O documento do Departamento de Segurança Nacional dos EUA orienta o uso de um processo rápido de deportação imposto pelo governo Trump no começo desta semana, sugerindo que autoridades se concentrem em imigrantes que não pediram asilo mesmo um ano após chegarem aos EUA.

Com Biden, o processo conhecido como “remoção expressa” só era aplicado contra aqueles detidos dentro de 14 dias após a chegada ao país e dentro de um raio de 160 quilômetros da fronteira. Na terça-feira (21), o programa foi expandido para nível nacional e para todos aqueles que entraram no território dos EUA nos últimos dois anos.

Trump, emitiu uma série de decretos sobre imigração após retornar à Casa Branca na última segunda-feira (20). Eles têm o objetivo de impedir a imigração ilegal e preparar o país para a deportação de milhões de imigrantes ilegais.

O republicano diz que as medidas são necessárias depois de milhões de imigrantes terem entrado nos EUA no governo Biden, cruzando ilegalmente a fronteira ou por meio dos programas legais promovidos pelo antecessor.

Alguns democratas e defensores dos imigrantes afirmam que a aplicação rígida da regra por Trump pode prejudicar não apenas criminosos, mas também empresas e separar familiares. O grupo de defesa dos imigrantes Make the Road New York entrou na quarta-feira (22) com um processo para impedir a expansão do processo de remoção expressa.

Cerca de 1,5 milhão de imigrantes entraram nos EUA entre 2022 e 2024, por meio de dois programas de “liberdade condicional” de Biden, que tinham o intuito de reduzir as entradas ilegais, de acordo com estatísticas do governo norte-americano.

Um dos programas dava aos que esperavam no México a oportunidade de pedirem asilo legal em um posto fronteiriço. Outro permitiu que cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos entrassem por via aérea se tivessem “patrocinadores” e fossem verificados.

Na segunda-feira Trump encerrou ambos os programas, deixando alguns imigrantes presos no México sem saberem o que fazer em seguida. Imigrantes que poderiam entrar legalmente também podem se ver obrigados a buscar rotas mais arriscadas e preços mais caros para “traficantes” de pessoas.

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Estudante de jornalismo na FAAP, cobre Mercados.
raquel.lauren@moneytimes.com.br
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