Internacional

Governo russo diz a funcionários para interromperem uso de iPhones, diz jornal

20 mar 2023, 14:32 - atualizado em 20 mar 2023, 14:32
Kremlin Europa tanques Ucrânia
Quando questionado sobre o assunto nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não poderia confirmar a reportagem (Imagem: Sputnik/Valeriy Sharifulin/Pool via REUTERS)

O Kremlin disse às autoridades envolvidas nos preparativos para a eleição presidencial de 2024 na Rússia para interromperem o uso de iPhones por causa de preocupações de que os dispositivos da Apple sejam vulneráveis ​​às agências de inteligência ocidentais, publicou o jornal Kommersant.

Em um seminário organizado pelo Kremlin para autoridades envolvidas na política doméstica, Sergei Kiriyenko, primeiro vice-chefe da administração presidencial, disse às autoridades para trocarem seus telefones até 1º de abril, publicou o Kommersant, citando fontes não identificadas.

“Está tudo acabado para o iPhone: ou jogue fora ou dê para as crianças”, disse o Kommersant, citando um dos participantes da reunião. “Todo mundo terá que fazer isso em março.”

Quando questionado sobre o assunto nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não poderia confirmar a reportagem.

“Os smartphones não devem ser usados ​​para negócios oficiais”, disse Peskov a jornalistas. “Qualquer smartphone tem um mecanismo bastante transparente, não importa qual sistema operacional tenha – Android ou iOS. Naturalmente, eles não são usados ​​para fins oficiais.”

A Apple não comentou o assunto.

O Kremlin pode fornecer outros dispositivos com sistemas operacionais diferentes para substituir os iPhones, publicou o Kommersant, acrescentando que a ordem de cessar o uso de iPhones foi dirigida aos envolvidos na política doméstica – pela qual Kiriyenko é responsável.

O presidente russo, Vladimir Putin, sempre disse que não tem smartphone, embora Peskov tenha dito que Putin usa a internet de tempos em tempos.

Pouco depois de a Rússia enviar suas tropas para a Ucrânia no ano passado, os espiões dos EUA e da Grã-Bretanha tornaram público informações de inteligência de que Putin planejava invadir o país vizinho. Não está claro como os espiões obtiveram tal informação.

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