Governo muda planos para o US$ 1 bilhão que o Brasil recebeu do Banco dos Brics; veja para onde vai o dinheiro
Há duas semanas, durante o encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Dilma Rousseff, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco dos Brics, assinaram o contrato de um empréstimo de US$ 1 bilhão ao Brasil.
O plano inicial era usar o valor para financiamento de micro, pequenas e médias empresas, por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac FGI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, parece que o governo mudou de ideia.
Segundo informações d’O Globo, o empréstimo será usado para ressarcir investimentos já feitos pelo Tesouro Nacional no Peac, ao invés de ampliar a sua capacidade e atender mais PMEs. O programa de crédito foi retomado durante a pandemia, em 2020, para reduzir os impactos econômicos da covid-19.
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Em nota para o jornal, o BNDES informou que o empréstimo tem o objetivo de reembolsar a União pelos aportes já feitos, sem considerar “compromissos adicionais”.
Procurada pelo Money Times, o BNDES não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.
Empréstimos do Banco dos Brics ao Brasil
Além do US$ 1 bilhão, que deverá ser pago em 30 anos, com juros de 1,64% ao ano, Dilma e Haddad também assinaram um segundo empréstimo, de R$ 435 milhões.
Neste caso, o valor será entregue para a prefeitura de Aracaju (SE) para, a princípio, viabilizar obras de saneamento, prevenção de enchentes, melhoria de vias públicas e mobilidade urbana.
Nos últimos anos, o Brasil já recebeu US$ 6 bilhões em empréstimos do Banco dos Brics, sendo que o valor mais alto foi de US$ 1,2 bilhão para o financiamento de infraestrutura sustentável.