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Governo manterá indicados ao Conselho da Petrobras (PETR4) mesmo após reprovação do Celeg

20 jul 2022, 19:52 - atualizado em 20 jul 2022, 20:36
Petrobras
Em nota, o ministério afirmou que “não constatou os supostos impedimentos apontados pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras, por não encontrarem o necessário respaldo legal” (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Ministério de Minas e Energia anunciou, nesta quarta-feira, que a União vai manter os nomes dos dois indicados para o Conselho de Administração da Petrobras (PETR3PETR4) que foram reprovados no processo de análise da companhia.

Com isso, Ricardo Soriano de Alencar e Jônathas Assunção Salvador Nery de Castro também terão os nomes submetidos à aprovação dos acionistas na Assembleia Geral, marcada para o dia 19 de agosto.

Em nota, o ministério afirmou que “não constatou os supostos impedimentos apontados pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras, por não encontrarem o necessário respaldo legal”.

Castro é secretário-executivo da Casa Civil e Alencar é procurador-geral da Fazenda Nacional.

O Comitê de Elegibilidade considerou que a ocupação desses cargos públicos configura conflito de interesses com a atuação como conselheiros da petroleira. O atual Conselho de Administração, por sua vez, validou integralmente as análises do Celeg.

A manutenção das indicações pela União, acionista controlador, é prevista pelo estatuto da empresa. Caberá aos acionistas vetar ou não os nomes definitivamente.

No total, o Conselho da Petrobras possui 11 vagas, das quais 8 terão que ser preenchidas por meio da assembleia de agosto.

As outras cinco escolhas do governo e os dois indicados pelos acionistas minoritários tinham recebido o sinal verde do comitê.

Em junho, o comitê e o conselho aprovaram a indicação de Caio Paes de Andrade como presidente-executivo da estatal, que já tomou posse do cargo.

A troca de comando da empresa pode viabilizar mudanças na diretoria da Petrobras, a quem cabe as decisões sobre reajustes dos preços dos combustíveis, alvo de críticas do governo federal.

O presidente Jair Bolsonaro tem sinalizado que deseja alterar a política de preços, à medida que se aproximam as eleições de outubro. Na terça-feira, ele afirmou que a Petrobras “vai achar seu rumo agora, com o novo presidente” e que vai “começar a dar boa notícia”.

Nesta quarta-feira, começou a valer a queda de 4,9%, em média, nos preços da gasolina nas refinarias da petroleira. Foi a primeira redução desde dezembro de 2021.

(Atualizada às 20:35)

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