Infraestrutura

Governo mantém expectativa sobre leilões de infraestrutura no 2º semestre

23 abr 2020, 19:14 - atualizado em 23 abr 2020, 19:14
Tarcísio de Freitas
Segundo o ministro, os leilões de infraestrutura “terão apetite e bolso” (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

O ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reiterou nesta quinta-feira visão otimista sobre os projetos de concessão de rodovias, aeroportos, ferrovias e portos preparados pelo governo federal e que espera contar com o leilão da estrada BR-163, importante via de escoamento da safra do Centro-Oeste pelo norte do país, até o final deste ano, apesar da crise gerada pelo novo coronavírus.

O ministro participou de conferência online organizada pelo BTG Pactual e que contou com participação dos presidente-executivos da Rumo, João de Abreu, e da Hidrovias do Brasil, Fabio Schettino.

Segundo o ministro, os leilões de infraestrutura “terão apetite e bolso” e no caso da BR-163, cuja pavimentação foi concluída pelo Exército este ano, “a ideia é que possamos publicar este edital no segundo semestre e fazer o leilão no final do ano”.

A BR 163 é considerada como uma “ponte” logística, enquanto a ferrovia Ferrogrão, de mais de 900 quilômetros entre o Mato Grosso e o Pará e que corre paralela à rodovia, não sai do papel.

Sobre a via férrea, Freitas afirmou que seu ministério vai mandar para o Tribunal de Contas da União (TCU) o projeto de concessão em maio, mas não comentou quando o leilão poderia ser realizado.

Os projetos de concessão de infraestrutura são um dos principais pontos de esperança do governo de Jair Bolsonaro para geração de empregos e recuperação da economia do país.

A expectativa de Freitas é que os projetos viabilizem cerca de 250 bilhões de reais em investimentos ao longo dos próximos anos, a maior parte a ser gerada pelo setor privado.

“Já devemos ter uma carga de leilões no segundo semestre deste ano. Estamos consultando o mercado para saber… Interesse em aeroportos, por exemplo, continua alto”, disse Freitas.

Ele, porém, afirmou que “às vezes as empresas pedem para segurar um pouco (o leilão de ativo de infraestrutura) por dificuldades de envio de equipes para ‘due diligence'”, em meio aos problemas gerados por medidas de contenção da disseminação de Covid-19.

Durante a conferência, Freitas voltou a afirmar que o governo montou uma força-tarefa com o TCU para avaliar reequilíbrios de contratos de concessão, mas frisou que os trabalhos envolvem apenas os casos que foram afetados pelos impactos da epidemia, não aqueles com problemas anteriores. Ele não citou quando os trabalhos vão ser concluídos.