Setor Elétrico

Governo fará leilão para contratar potência de térmicas e hidrelétricas em 27 de junho

02 jan 2025, 10:18 - atualizado em 02 jan 2025, 10:18
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(Imagem: Pixabay)

O Ministério de Minas e Energia divulgou as regras finais para a realização de um leilão para contratar mais potência para o sistema elétrico brasileiro, um certame amplamente aguardado por grandes geradores termelétricos e hidrelétricos e que vem se tornando cada vez mais urgente para garantir o conforto e segurança do suprimento de energia aos consumidores.

Marcado para 27 de junho, o certame negociará contratos de potência elétrica com prazos de sete a quinze anos, com inícios de suprimento em 2025, 2026, 2027, 2028, 2029 e 2030, conforme portaria publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU).

Apenas usinas termelétricas movidas a gás natural já existentes poderão disputar os contratos com início mais próximo, até 2027.

Já os contratos com prazos mais distante de entrega de potência estão destinados aos novos projetos termelétricos a gás e biocombustíveis (2028, 2029 e 2030) e às usinas hidrelétricas existentes (2030), que poderão ser ampliadas com a inclusão de novas máquinas.

O certame vem para atender à maior necessidade de potência do setor elétrico brasileiro, principalmente em função do rápido crescimento da energia solar na matriz nos últimos anos.

A energia solar garante importante volumes de geração ao longo do dia mas, quando deixa de produzir no final da tarde, exige que outras usinas entrem rapidamente em operação para assegurar a estabilidade do fornecimento de energia aos consumidores.

Isso se tornou um desafio cada vez maior para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nos últimos anos. No fim do ano passado, o ONS disse identificar “déficit relevante” de potência para o futuro, sendo necessárias contratações na casa dos 3 gigawatts (GW) por ano para garantir mais conforto e tranquilidade na operação do setor elétrico.

O leilão de reserva deve contar com a participação de grandes empresas de energia, como a Petrobras, maior geradora termelétrica do país. As usinas da estatal estão entre as mais acionadas pelo ONS para fazer atendimentos de potência, sendo que várias delas, como Termomacaé, Termoceará, Cubatão e Seropédica, tinham contratos expirando no fim do ano.

A Eneva também já disse anteriormente que buscaria recontratação de parte de suas usinas no certame, e que tentaria viabilizar novos projetos termelétricos para o futuro.

A licitação também é uma oportunidade importante para a fonte hidrelétrica, que há vários anos parou de crescer no Brasil devido à falta de oferta de contratos regulados. Entre os geradores que já demonstraram interesse em ampliar suas usinas, estão Copel, Eletrobras, Engie e Auren.

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reuters@moneytimes.com.br
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