Governo estuda medida para reduzir juro do rotativo do cartão de crédito, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta sexta-feira (31) que a pasta criou um grupo que estuda formas de reduzir o juros cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito. Atualmente, a taxa média é de 417,4% ao ano.
Haddad classificou os juros do rotativos como “estratosférico” e disse que prejudica a própria margem dos bancos. “Precisamos tomar providências para trazer isso a um bom termo. Já aconteceu isso no passado com o cheque especial, que ainda é alto, mas foi modulado”, disse.
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O rotativo do cartão, assim como o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades. Por entender que se trata de uma operação de risco elevado, os bancos cobram juros altos.
Medidas para melhorar o ambiente de crédito no país
Haddad afirmou também que pelo menos 12 medidas serão anunciadas em abril, com o propósito de melhorar o ambiente de crédito no Brasil.
“Isso vai desde aval para PPPs, que são grandes investimentos em infraestrutura, passando por debêntures que não pagam imposto de renda e até garantias que são dadas no sistema de crédito para baixar o chamado spread, que é quanto o juro cobrado a mais do que ele paga de captação”, disse.