Michel Temer

Governo estuda forma de anunciar derrota na reforma da Previdência, diz agência

05 fev 2018, 16:14 - atualizado em 05 fev 2018, 16:14

Investing.com – Duas semanas antes da data programada para a votação da reforma da Previdência, o governo tenta algumas cartadas, mas líderes da base já admitem nos bastidores que a proposta nem ao menos será votada. De acordo com o Broadcast, a única definição que resta é de como o anúncio será feito.

Nos últimos dias, a equipe de Michel Temer intensificou as negociações para tentar reverter o quadro negativo, chegando a sinalizar com a possiblidade de ceder no caso dos funcionários públicos anteriores a 2003. No entanto, não há certeza da conquista dos votos. Para Temer, a ideia seria pautar a votação e ver se a situação muda na última hora.

O maior problema é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que aspira ser candidato ao Planalto, não quer correr o risco de uma derrota. Maia acredita que se a proposta for rejeitada, poderá cair sobre ele a culpa do fracasso e não sobre o governo. Publicamente, o deputado nega que irá engavetar a PEC, mas também não confirma a data para que seja discutida no plenário.

A agenda de Maia traz para a segunda-feira reunião com governadores para tratar da reforma da Previdência e outros temas. O presidente da Casa também pretende, durante esta semana, ouvir os deputados para saber quantos votos de fato existem para a votação da reforma em plenário.

O site do Estadão traz um levantamento chamado “Placar da Previdência”. Na última atualização, em 5 de janeiro, apenas 73 deputados garantiram que votariam a favor da proposta, sendo que 247 se posicionaram contrários. São necessários 308 votos para que a PEC seja aprovada. Mesmo que o governo conquista todos os outros votos não declarados, chegaria ao máximo de 266 apoios.

Por Investing.com