Governo espera reversão de desidratação da reforma da Previdência no plenário do Senado, diz Marinho
O governo espera que mudanças aprovadas à reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que implicaram redução da economia possam ser revertidas no plenário da Casa, afirmou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, nesta quinta-feira.
“Esperamos que no plenário possamos reverter algumas ou todas desidratações que ocorreram na CCJ”, afirmou Marinho a jornalistas. “Acreditamos que era importante ter sido mantido impacto fiscal conseguido na Câmara Federal.”
O texto da reforma aprovado pela CCJ na quarta-feira suprimiu trechos que tratavam de benefícios assistenciais, critérios para a aposentadoria especial e permissão para que pensão por morte tivesse valor abaixo do salário mínimo. Outras alterações ao texto foram incorporadas em uma segunda Proposta de Emenda à Constituição, a chamada PEC paralela.
Marinho disse, ainda, que o calendário de tramitação da reforma poderá ser encurtado, uma vez que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que o texto pode ser votado no plenário em primeiro turno na próxima quarta-feira, dia 11. O calendário aprovado por líderes partidários previa votação no dia 24 de setembro.
Nesta quinta, Alcolumbre ressaltou que ainda precisa conseguir um acordo com os senadores para que a votação ocorra na próxima semana.
“Conversei com alguns senadores ontem, vou tentar compatibilizar com eles para a gente tentar votar na semana que vem para votar em primeiro turno”, disse a jornalistas, acrescentando que a PEC já foi bastante debatida.
“Se não tiver consenso mesmo, eu vou seguir a regra para deixar para a outra semana”, concluiu.