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Governo do RJ negocia prorrogação de prazo para pagar dívida de R$ 4,5 bi ao BNP Paribas

11 nov 2020, 16:31 - atualizado em 11 nov 2020, 16:32
O empréstimo original era de aproximadamente 2,9 bilhões de reais (Imagem: Reuters/Benoit Tessier)

O governo do Rio de Janeiro iniciou negociações com o banco BNP Paribas para postergar o vencimento de uma dívida de cerca de 4,5 bilhões de reais com a instituição financeira, informou o governador em exercício do Estado, Cláudio Castro.

A dívida fluminense foi contraída em 2017 em meio a uma crise fiscal aguda no Estado que chegou a abrir uma concorrência para o empréstimo, mas o BNP Paribas foi o único proponente.

No auge da crise fiscal, o Estado atrasou o pagamento de salários dos servidores e até parcelou a quitação dos vencimentos dos funcionários.

Procurado no Brasil, o BNP Paribas não pode comentar o assunto de imediato.

O empréstimo original era de aproximadamente 2,9 bilhões de reais e, à época, as cláusulas e bases do contrato foram muito questionadas.

Depois de três anos, o passivo praticamente dobrou e vence em dezembro. A Cedae, companhia de água e esgoto do Estado foi dada como garantia para esse financiamento ao governo fluminense que tem como avalista a União.

Com as finanças ainda combalidas, o governo do Rio de Janeiro mantém tratativas para renovar o acordo de recuperação fiscal com o Tesouro e tem a expectativa de que não haja mudança nas regras de distribuição de royalties do petróleo, assunto que depende de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o governador em exercício, o Estado entendeu que o melhor caminho é renegociar o passivo com o BNP Paribas.

“As negociações estão acontecendo, tem tido muito respeito conosco… esses valores (da renegociação serão os menores possíveis até porque o juro está negativo lá fora e não tem por que a gente pagar um dinheirão para fazer uma operação de renegociação”, disse Castro a jornalistas.

A expectativa é que o vencimento da dívida possa ser alongado em pelo menos um ano, mas os termos das negociações não foram revelados.

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