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Governo do Rio entrega segundo hospital de campanha

09 maio 2020, 16:26 - atualizado em 09 maio 2020, 16:30
Hospital de Campanha Rio de Janeiro
O governo do Rio inaugurou hoje (9) o segundo hospital de campanha para atendimento às vítimas do novo coronavírus (Imagem: Divulgação/ Prefeitura do Rio)

O governo do Rio inaugurou hoje (9) o segundo hospital de campanha para atendimento às vítimas do novo coronavírus.

O Hospital de Campanha do Maracanã, construído em 38 dias, funcionará na área externa do estádio Mário Filho.

Com o apoio da iniciativa privada,. a unidade é voltada ao atendimento às vítimas da covid-19 em estado grave.

Neste fim de semana serão abertos 170 dos 400 leitos do hospital, sendo 50 de unidade de terapia intensiva (UTI) e 120 de enfermaria. Mais 230 estão sendo finalizados e serão entregues à população até a próxima sexta-feira (15).

De acordo com o governador Wilson Witzel, “o Hospital do Maracanã é de alta complexidade e, comparado ao que foi feito na China em 30 dias, tem complexidade maior. Em São Paulo, 9% a 10% dos hospitais são destinados à UTI. Aqui, 100% dos hospitais serão destinados à UTI”, afirmou Witzel.

O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, informou que na próxima segunda-feira (11) serão abertos 80 dos 200 leitos do Hospital de Campanha do Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, e que mais 20 leitos serão entregues ao longo da próxima semana.

No Hospital de Campanha do Leblon, o primeiro a ser entregue, construído em terreno ao lado do 23° Batalhão da Polícia Militar, serão abertos na segunda-feira os 100 leitos que faltavam, completando o total de 200 vagas para atendimento às vítimas de covid-19.

O Hospital do Maracanã conta com dois equipamentos de tomografia computadorizada e aparelhos de ultrassom, raio-X portátil e hemodiálise. A grande novidade será um computador que permitirá aos pacientes internados conversar por videoconferência com os parentes em casa.

Segundo Edmar Santos, “essa novidade será muito importante para humanizar o atendimento aos pacientes do coronavírus internados em isolamento na unidade”.

Leitos particulares

Além de aumentar a oferta de leitos públicos, o governo também tentará obter vagas em leitos da rede privada.

Em reunião nessa sexta-feira (8), o governador Wilson Witzel informou a dirigentes de federações e sindicatos de hospitais e estabelecimentos de saúde que até terça-feira (12) deverá editar decreto requisitando leitos particulares em todo o estado para complementar o atendimento às vítimas da pandemia.

Por determinação do governador, a Secretaria estadual de Saúde está enviando ofício às instituições privadas, requisitando as planilhas de custos de operação de leitos de UTI e enfermarias na rede privada, além de informações sobre o número de leitos vagos na rede particular.

Com esses dados, será calculado o valor que o governo do Rio pagará pelos leitos requisitados.

Requisição de médicos

Witzel também decidiu fazer um chamamento público aos médicos e demais profissionais de saúde de outros estados que queiram trabalhar no Rio de Janeiro, no atendimento às vítimas do coronavírus, inclusive em hospitais de campanha.

Wilson Witzel
De acordo com o governador Wilson Witzel, “o Hospital do Maracanã é de alta complexidade e, comparado ao que foi feito na China em 30 dias (Imagem: Facebook/Wilson Witzel)

O governador pedirá ao Ministério da Saúde auxílio na contratação de profissionais de saúde da China e de outros países que já venceram a pandemia.

Hospital de campanha

Nos mesmos moldes do Hospital de Campanha do Leblon, com o auxílio da iniciativa privada e da Rede D’Or, que vai administrar a unidade, será inaugurado na segunda-feira (11) o terceiro hospital de campanha na cidade, construído para atender pacientes de covid-19.

O anúncio foi feito ontem (8). A unidade está montada no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital, quase em frente ao Riocentro.

O Hospital de Campanha do Parque dos Atletas vai entrar em funcionamento com 100 leitos e, a partir do dia 22, o número será ampliado para 200, sendo 50 de unidades de terapia intensiva (UTI) e 150 de enfermaria. Os pacientes serão encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O custo total do hospital para 120 dias de funcionamento será de R$ 50 milhões, pagos por meio de patrocínio da iniciativa privada.

As empresas envolvidas são Movimento União Rio, Stone Pagamentos, Mubadala, Qualicorp, SulAmérica Seguros, Vale e Banco BV, além da Rede D’Or, que cuidou da construção e fará também a gestão da unidade.

Aumento de leitos

O governo informou que o Hospital de Campanha Lagoa-Barra, no Leblon, zona sul da cidade, passa a oferecer 200 leitos a partir de segunda-feira.

Ele foi inaugurado no último dia 25 e opera com 160 leitos, sob gestão da Rede D’Or. As duas unidades contam com estrutura de alta complexidade, como respiradores, monitores cardíacos, tomógrafo digital, ultrassom, ecocardiógrafo e análises clínicas.

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