Vacinas

Governo do Paraná assinará parceria com a Rússia para vacina contra Covid-19

11 ago 2020, 11:12 - atualizado em 11 ago 2020, 12:08
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A vacina foi aprovada após menos de dois meses do início dos testes em humanos (Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo)

O governo do Estado do Paraná assinará um acordo com a Rússia para uma parceria em uma vacina contra a Covid-19, disse nesta terça-feira o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná, Jorge Callado, em entrevista à GloboNews.

Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o país foi o primeiro a dar aprovação regulatória para uma vacina contra a doença provocada pelo novo coronavírus, que será comercializada internacionalmente com o nome de Sputnik 5, em referência ao primeiro satélite lançado ao espaço na história, pela então União Soviética em 1957.

Procurada, a Secretaria de Comunicação do governo do Estado do Paraná disse que o governador Ratinho Júnior (PSD) tem prevista uma reunião na quarta-feira com o embaixador russo no Brasil, mas não confirmou que será assinado um acordo de parceria para a vacina.

O chefe do fundo soberano da Rússia, Kirill Dmitriev, disse que a vacina deveria ser produzida no Brasil após aprovação regulatória.

A vacina foi aprovada após menos de dois meses do início dos testes em humanos, o que levou cientistas internacionais a questionarem se a Rússia não está colocando o prestígio nacional à frente de uma ciência sólida e segura.

A aprovação pelo Ministério da Saúde veio antes do início dos testes clínicos em Fase 3, com milhares de voluntários e etapa considerada normalmente como essencial para o registro de uma vacina.

Callado foi cauteloso e disse que o acordo do governo paranaense com a Rússia é um “começo” e que depende da realização dos estágios necessários.

“É algo muito preliminar, não existe compromisso de produção enquanto essas etapas não forem validadas, não forem consolidadas e não forem liberadas pela Anvisa, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. É um começo onde nós buscamos intercâmbio e informações”, disse ele à GloboNews.