Política

Governo discute recriação de Ministério da Segurança e Bolsonaro visita um dos cotados para pasta

04 jun 2020, 21:06 - atualizado em 04 jun 2020, 21:06
Jair Bolsonaro
Com a saída de Moro do governo no final de abril, a discussão sobre a pasta da Segurança Pública –antiga reivindicação da bancada da bala– voltou à baila (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro discutiu nesta quinta-feira a possibilidade de recriação do Ministério da Segurança Pública com integrantes da frente parlamentar da área, a chamada bancada da bala, e ainda visitou pessoalmente um dos cotados para o comando da pasta.

O Ministério da Segurança Pública foi inicialmente criado no governo do presidente Michel Temer, a partir de uma divisão do Ministério da Justiça. Contudo, as duas pastas foram fundidas novamente por Bolsonaro no superministério dado ao ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro.

Com a saída de Moro do governo no final de abril, a discussão sobre a pasta da Segurança Pública –antiga reivindicação da bancada da bala– voltou à baila.

Bolsonaro visitou nesta quarta-feira o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Conforme uma fonte, o presidente mandou uma mensagem ao secretário dizendo-lhe que iria renovar sua carteira de motorista em Brasília e ambos conversaram a sós por 20 minutos.

Tanto o presidente como Torres confirmaram o encontro. “Recebendo o presidente @jairmessiasbolsonaro na SSP/DF, nesta quinta-feira. Oportunidade de conversarmos e tratarmos de assuntos locais com relação à Segurança Pública!”, disse o secretário. Sem dar detalhes do encontro, Bolsonaro confirmou a visita no retorno ao Palácio da Alvorada no final da tarde.

Segundo uma das fontes a par das discussões, uma ideia em estudo é recriar o ministério, mas deixando a Polícia Federal com o Ministério da Justiça. Essa solução, conforme a fonte, poderia abrigar no comando da pasta o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM), amigo pessoal de Bolsonaro e ex-integrante da Policia Militar do Distrito Federal.

Essa ideia tem por objetivo evitar resistências da PF ao nome de Fraga. A reportagem tentou contato com o ex-deputado e o coordenador da bancada da bala, deputado Capitão Augusto (PR-SP), mas não obteve retorno.