Governo de SP contrata estudo para mudança de sede para região central da capital
O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira a contratação de estudo para determinar a viabilidade da transferência da sede administrativa do Estado para a degradada região central da capital paulista.
O plano envolve transferir o governo do Palácio dos Bandeirantes, encravado no bairro de alto padrão do Morumbi, para o Palácio dos Campos Elíseos, na avenida Rio Branco, local de onde o governo paulista foi transferido para o atual endereço em 1964.
“Hoje, a administração pública estadual está espalhada por 56 edifícios e ocupa 807 mil metros quadrados de área, quando a nossa necessidade é de 300 mil”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas durante o anúncio.
O estudo será coordenado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e tem um valor de contrato de 15,5 milhões de reais com prazo de 30 meses para estruturação técnica completa. Porém, o governo do Estado quer um parecer sobre a viabilidade da proposta em até seis meses.
O Estado espera que a mudança de endereço sirva para ajudar a revitalizar a região central da cidade de São Paulo, hoje marcada por edifícios degradados, violência e tráfico de drogas. Porém, atualmente, uma série de órgãos e secretarias estaduais já estão na região central da capital, como as de Fazenda e Planejamento, de Justiça e Cidadania, e Desenvolvimento Social, além da sede da prefeitura de São Paulo e da bolsa paulista B3.
“Transferir o poder público para o centro traz também a segurança, a circulação de pessoas, os hotéis, os restaurantes e você começa a ter atividade de novo”, disse Freitas.
A instalação de um complexo administrativo do Estado nos Campos Elíseos é um dos projetos qualificados no Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP), que tem uma carteira de 180 bilhões de reais em projetos.
Segundo o governo paulista, a proposta de revitalização urbana da região também prevê a construção de habitações de médio padrão e de interesse social no entorno do complexo administrativo. Se for viabilizada, a iniciativa vai gerar 500 milhões de reais em novos investimentos na capital.