Governo de SC descarta privatização da distribuidora SCGás
A distribuidora de gás natural de Santa Catarina, a SCGás, controlada pela Celesc, divulgou na tarde desta sexta-feira, 28, uma nota na qual nega que o governo catarinense esteja interessado neste momento na privatização da companhia. O texto é uma resposta a declarações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que divulgou esta semana que Santa Catarina estaria entre os sete Estados que teriam manifestado interesse na desestatização de sua empresa de distribuição de gás.
A empresa afirma que em maio o governo de Santa Catarina já havia descartado esta hipótese. “O governador Raimundo Colombo diz que quaisquer discussões sobre privatizações devem ser discutidas no início de um novo governo e não por um governo que se encaminha para o fim”, cita a nota. Ainda segundo a SCGás, o presidente da companhia, Cósme Polêse, que tem mantido conversas com Colombo, reforçou que não há movimento do Estado que leve a venda das ações da empresa.
“A SCGÁS é uma companhia lucrativa, que não opera com orçamento do governo, e tem um forte papel no desenvolvimento da economia da região por meio da implantação de infraestrutura de rede de distribuição de gás. Além disso, atende majoritariamente o setor industrial catarinense, permitindo que mais de duas centenas de empresas tenham competitividade para concorrer no mercado nacional e internacional”, declarou.
Na nota, Polêse também diz que a distribuidora passa por aperfeiçoamento na sua gestão e alega que a sociedade catarinense “anseia por uma empresa que amplie os seus investimentos em detrimento ao lucro, o que poderia ficar em segundo plano com a privatização”.
A distribuidora destaca, ainda, que já vive um momento “complexo” no que diz respeito a sua composição acionária, depois que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Vara da Fazenda Pública de Santa Catarina questionaram a distribuição das ações da companhia, divididas hoje entre a Celesc, a Mitsui Gás e Energia, a Gaspetro e a Infragás. Além disso, lembrou que os órgãos também discutem alguns pontos do contrato de concessão, válido até 2044.