Economia

Governo cumprirá o arcabouço fiscal? Secretário de Haddad afirma que equipe está focada na meta; confira

20 ago 2024, 13:21 - atualizado em 20 ago 2024, 13:21
Dario Durigan Fazenda Fiscal arcabouço
Dario Durigan destacou que equipe econômica cumprirá meta do arcabouço fiscal, mas que depende de aprovações no Congresso. (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo cumprirá com as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal. Para este ano, a regra fala em fechar com o déficit fiscal zerado.

Quando eu fui anunciado como secretário do Ministério da Fazenda, em maio do ano passado, todos os sinais que eu recebia dos meus interlocutores, seja do mercado, da imprensa ou do Congresso, era de que a meta deste ano era uma coisa quase impossível de ser cumprida, que zerar o déficit em 2024 era algo irreal. E a gente tem mostrado o contrário, hoje há uma perspectiva de comprimento da meta que foi estabelecida”, disse durante o Macro Day do BTG Pactual.

No entanto, Durigan destacou que para atingir o resultado previsto desde o começo do ano passado, a equipe econômica precisa provar as medidas que estão no Congresso, sendo que a aprovação da compensação da desoneração na folha de pagamento vai ajudar no cumprimento da meta.

Ele também comentou sobre a revisão de gastos por parte do governo e o corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, apresentado pelo ministro Fernando Haddad, no início de julho.

Para o secretário, a equipe econômica segue um “bom compasso” e que, talvez, não atenda as exatas expectativas colocadas pelo mercado, mas que a ventagem do governo é que conta com um “projeto consistente”.

“A gente não vai se desviar desse projeto. Tem esse compromisso e vamos manter a meta estabelecida pelo arcabouço fiscal. Não vai ser simples seguir nessa trajetória, mas é algo que está calcificado e que a gente vai fazer o que for necessário para fazer os cortes, colocar a receita em um patamar razoável, trazer de novo um equilíbrio nas despesas, para que a trajetória da dívida pública venha para outro patamar no prazo mais rápido possível”, completou.