Economia

Governo central tem déficit primário de R$ 38,836 bilhões em junho

26 jul 2024, 10:55 - atualizado em 26 jul 2024, 12:29
deficit governo central
Governo central tem déficit primário de R$ 38,836 bilhões em junho (Imagem: Getty Images)

O Tesouro Nacional informou, nesta sexta-feira (26), que o Governo Central teve déficit primário de R$ 38,836 bilhões em junho. O resultado, que compreende Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi melhor do que o saldo negativo de R$ 45,067 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado.

Quanto às expectativas, o número foi melhor do que os R$ 40,9 bilhões indicados na pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda. No entanto, foi pior do que o déficit de R$ 37,4 bilhões projetado por analistas consultados pela Reuters.

O resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi superavitário em R$ 6,1 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit primário de R$ 44,9 bilhões.

Segundo o Tesouro, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 5,8% (R$ 8,8 bilhões) da receita líquida e de alta de 0,3% (R$ 657,5 milhões) das despesas totais.

Receitas e despesas

O crescimento real da receita líquida em junho, segundo o Tesouro, decorre do desempenho nas seguintes rubricas:

  1. Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (+R$ 5,7 bilhões), destacando-se o IRPF – Rendimentos do Capital (+R$ 2,6 bilhões);
  2. Cofins (+R$ 5,6 bilhões) e PIS/Pasep (+R$ 1,2 bilhão), resultados influenciados pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis, tendo em vista o fim das desonerações e pela exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições; e
  3. Imposto de Importação (+R$ 2,1 bilhões) e IPI-Vinculado à Importação (+R$ 0,9 bilhão), explicados pelos aumentos no volume das importações, na taxa média de câmbio e na alíquota média efetiva desses tributos.

Em relação às despesas, as rubricas que contribuíram para o aumento foram:

  1. Discricionárias (+R$ 4,4 bilhões) e Obrigatórias com Controle de Fluxo (+R$ 1,2 bilhão), ambas em razão, majoritariamente, de aumentos de ações na função Saúde;
  2. Benefícios de Prestação Continuada da LOAS/RMV (+R$ 1,3 bilhão), explicado pelo aumento do número de beneficiários e pela política de valorização do salário-mínimo; e
  3. Créditos Extraordinários — exceto PAC — (+R$ 1,2 bilhão), explicado pelas ações de enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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