Governo buscará ampliar entrada de pessoas físicas na bolsa, diz Valor
A equipe econômica estuda mecanismos para facilitar o acesso de pessoas físicas dentro do mercado acionário, conforme apurado pela reportagem do Valor.
Para Adolfo Sachsida, secretário de política econômica do Ministério da Economia, deve-se facilitar o recolhimento de impostos, pelas pessoas ainda sentirem dificuldade em entender como funciona o mercado financeiro.
“Tem mais gente investindo em bitcoin do que em bolsa, então tem algo errado”, declarou, afirmando ainda: “nossa leitura é que um dos entraves é que a pessoa se sente insegura por conta da complexidade do sistema”.
Tributos claros, com mais concorrência
“A ideia é diminuir a complexidade tributária. Não sei se você já investiu no mercado de ações, mas como se paga aquilo? É um negócio difícil para o cidadão comum fazer a conta de quanto ele deve pagar de imposto quando mexe com ações”, disse Sachsida.
O secretário acredita que deve-se simplificar a incidência de impostos, não reduzir, mas sim facilitar. “Queremos simplificar. Estamos discutindo com a Receita”, disse. Além das ações, o governo pretende ampliar o mercado de seguros, via microsseguro, voltado para famílias de baixa renda. “Esse segmento praticamente não existe no Brasil”, acrescentou.
Por último, Sachsida afirmou que o Palácio do Planalto pretende atacar os problemas de assimetria de informação no mercado de crédito, com o intuito de reduzir os spreads bancários. “Tem esse novo mercado de fintechs para desenvolver. Estamos com uma agenda de medidas pró-mercado. Não podemos ter uma legislação que impeça a inovação”, concluiu.