Bolsonaro cede novamente ao Centrão e indica PM para presidência da Funasa
Em mais uma nomeação emplacada pelo centrão, o governo federal apontou hoje o coronel da Polícia Militar de Minas Gerais Giovanne Gomes da Silva, indicado pelo PSD, para a presidência da Fundação Nacional de Saúde, ligada ao Ministério da Saúde.
Silva era comandante-geral da PM de Minas Gerais e foi indicado ao cargo pelo líder do PSD na Câmara, Diego Andrade (MG), de quem é amigo, segundo duas fontes do governo com conhecimento da indicação.
De acordo com a Polícia Militar de MG, ele é formado em direito e fez pós-graduação em segurança pública, além do curso de formação de oficiais da PM. Não há menção, no entanto, a experiência com a área de saúde ou saneamento.
A Funasa é vinculada ao Ministério da Saúde e hoje tem a função de tocar ações relacionadas ao saneamento básico e prevenção e controle de doenças relacionadas à falta de esgoto e água potável.
No orçamento de 2020, a Funasa tem 831,4 milhões de reais para investimento em obras de saneamento dedicados especialmente a municípios de pequeno porte e áreas rurais.
Esse é o sexto nome indicado pelo centrão para cargos no governo desde que começou a tentativa de aproximação do presidente Jair Bolsonaro com os partidos que compõe o grupo para fortalecer a posição do governo no Congresso.
Até agora, além do PSD, Avante, PSC, Republicanos e PL já foram beneficiados diretamente com cargos em postos de segundo e terceiro escalão, mas que controlam orçamentos representativos, como a Funasa, o Departamento de Obras Contra a Seca (DNOCS) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Além das vagas para o centrão, o governo tem nomeado militares para cargos no Ministério da Saúde, que atualmente tem o general Eduardo Pazuello como ministro interino.
Nesta sexta-feira, o segundo-tenente do Exército Vilson Roberto Grzechoczinski assumiu a coordenação distrital de saúde indígena do distrito sanitário especial indígena de Potiguara, na Paraíba.