Governo adia mudança de meta fiscal; Haddad busca mais receitas
A discussão em torno da meta fiscal de 2024 ganhou um alívio de tensão nos últimos dias, depois do presidente Lula ter afirmado que o resultado ‘não precisava ser zero’ no próximo ano e que a ‘meta não seria alcançada’.
Dias depois, foi revelado que o governo iria propor a alteração da meta para um déficit de 0,5% em 2024, via emenda na LDO (Lei de Diretriz Orçamentária).
No entanto, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, afirmou ontem (6) que o Executivo não vai enviar nenhuma mensagem aos congressistas no intuito de mudar a meta, e que tudo vai depender da aprovação de leis que aumentem a arrecadação.
Com isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ganhou mais tempo para realizar negociações em torno da aprovação dos textos, bem como propor mais medidas no mesmo sentido.
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Meta fiscal é pressionada por ala do governo
Há resistência interna em manter a meta fiscal de Haddad. Aliados do presidente insistem na mudança da meta fiscal, de olho nas eleições de 2024.
O pleito é por espaço para recursos, para que possam distribuir a candidatos, principalmente num momento em que o PT busca recuperar prefeituras, depois do pior resultado nas eleições municipais, há 4 anos.