Governo acumula déficit primário em 2023; número já é um dos maiores da história
O Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – já acumulou um déficit primário de R$ 104,59 bilhões em 2023. O resultado é o segundo maior déficit acumulado, só perdendo para os oito primeiros meses de 2020.
O número está associado a mudança de calendário dos precatórios. Na comparação com agosto do ano passado, as receitas recuaram, mas as despesas caíram em volume maior.
No último mês, as receitas líquidas tiveram baixa de 2,8% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a queda chega a 7,1%. No mesmo período, as despesas totais caíram 14,7% em valores nominais e 18,5% após descontar a inflação.
Em janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um pacote que pretende aumentar a arrecadação e revisar gastos para melhorar as contas públicas e diminuir o déficit para cerca de R$ 100 bilhões em 2023. Na semana passada, a Secretaria de Política Econômica informou que a previsão oficial de déficit primário está em R$ 141,4 bilhões para este ano.
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No entanto, o déficit caiu quase pela metade em agosto deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ficou negativo em R$ 26,35 bilhões, contra déficit de R$ 50,356 bilhões obtido em agosto de 2022.
O déficit recorde para meses de agosto foi registrado em 2020, quando o resultado ficou em R$ 96,07 bilhões por causa dos gastos extras com a pandemia de covid-19.
*Com informações da Agência Brasil