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Governo acompanha com cuidado crédito para garantir liquidez, diz secretário do Tesouro

27 fev 2023, 18:53 - atualizado em 27 fev 2023, 18:53
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Membros do governo já manifestaram a preocupação de evitar uma crise de crédito no país em meio a patamares elevados dos juros (Imagem: Pixabay/joelfotos)

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta segunda-feira que o governo está acompanhando “com cuidado” o mercado de crédito brasileiro e considera a adoção de medidas para setores específicos.

“Todo o governo está acompanhando com cuidado a questão do mercado de crédito, para garantir liquidez e acesso. Estão sendo discutidas eventuais necessidades para setores específicos, como micro e pequenas empresas, mas isso está no estágio inicial de discussão”, afirmou, durante entrevista coletiva de imprensa em Brasília, após a divulgação dos dados fiscais de janeiro.

Membros do governo já manifestaram a preocupação de evitar uma crise de crédito no país em meio a patamares elevados dos juros.

Ao falar do Desenrola, que tratará da renegociação de dívidas das famílias com garantias do governo, Ceron disse que o programa está em fase final de preparação de atos normativos. “Em breve, deve ser anunciada sua versão final”, disse.

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Para bancar o programa, conforme o secretário, o governo buscará recursos em fundos já existentes.

“A busca é por encontrar espaços em fundos já existentes, para poder mitigar ou cobrir totalmente o impacto do programa. Eventualmente, pode haver alguma necessidade de complementação do Tesouro neste exercício ou no próximo”, acrescentou.

Fontes informaram à Reuters mais cedo este mês que uma das possibilidades em avaliação é o redirecionamento de recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO) atualmente carimbados para cobrir financiamentos do Pronampe, voltado a pequenas e médias empresas, para viabilizar o Desenrola.

Na manhã desta segunda-feira, o Banco Central informou que as concessões totais de crédito caíram 15,3% em janeiro ante dezembro. Já o estoque total de crédito no Brasil recuou 0,3%, para 5,317 trilhões de reais. Foi o primeiro recuo no saldo total desde janeiro do ano passado.