Saúde

Governador do Distrito Federal decreta estado de emergência na saúde

07 jan 2019, 14:32 - atualizado em 07 jan 2019, 14:32
(Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assinou hoje (7) decreto em que declara emergência na saúde pública da capital federal.

Veja as ações da Carteira Money Times para janeiro

Na prática, a medida autoriza, por exemplo, a contratação de horas extras para profissionais da área, a convocação de concursados e a contratação de servidores que já haviam se aposentado e que desejam retornar ao trabalho. Os investimentos iniciais na área giram em torno de R$ 10 milhões.

Em entrevista, o governador explicou que a proposta é trabalhar em conjunto com a Secretaria de Obras, responsável pela reforma de salas de cirurgias e de quase mil leitos fechados por falta de condições de uso, além da revitalização de centros de saúde e hospitais. Já a Secretaria de Cidades, segundo ele, vai atuar na mobilização da população envolvendo temas como ampliar a cobertura vacinal no Distrito Federal.

Ainda de acordo com Ibaneis, a expectativa é que o decreto tenha, de fato, caráter emergencial e não se estenda por um período maior que seis meses – ao contrário do que aconteceu na gestão anterior, de Rodrigo Rollemberg. “É o prazo que temos para reorganizar toda a parte da saúde no Distrito Federal. Recurso não nos falta. O que nos falta é um choque de gestão, que o nosso secretário de Saúde está disposto a fazer e tem todo o meu apoio”, afirmou.

“A ideia é, no prazo mais rápido possível, a gente diminuir a níveis consideráveis a fila de cirurgias”, disse, ao destacar que quase 18 mil pacientes aguardam para a realização de cirurgias ortopédicas na rede pública.

Levantamento

Dados recentes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostram unidades de saúde com problemas estruturais vistos a olho nu logo na chegada ao local.

É o caso do Hospital Regional de Taguatinga, onde foram identificados medicamentos e insumos armazenados de forma inadequada, aparelhos de ar condicionado velhos e sem funcionar, rampa de acesso com o revestimento caindo e leitos sem as grades laterais.

No Hospital Regional de Samambaia, os registros apontam para armazenamento de insumos e material de almoxarifado nos corredores, tomógrafo com falhas constantes e interrupções de serviço e central de material esterilizável que não atende às normas da vigilância sanitária, além da falta de emergencistas, cirurgiões gerais e neonatologistas.

Leia mais sobre:
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.