Gosta de elétricas? Gestora de R$ 2,5 bilhões vê dois papéis ‘no precinho’

Elétricas e empresas de saneamento marcam presença em carteiras de gestoras por serem refúgios em tempos de bolsa fraca.
Mas não é só os tubarões que ‘rodeiam’ esses papéis. Os chamados investidores pessoa física também veem nesses setores bons risco-retornos, considerando a proteção e os dividendos.
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Em podcast do Itaú Views, Milton Baggio, sócio e analista de utilities na Ryo Asset, que possui R$ 2,5 bi sob gestão, e Marcelo Sá, analista de utilities do Itaú BBA, trataram de algumas teses do setor.
Segundo Baggio, é impossível ignorar Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11).
A primeira, que por muito tempo foi considerada uma das campeãs de rentabilidade na bolsa, fechou 2024 com tombo de 21%, algo que fugiu da regra.
O ano foi marcado pele compra do controle da Sabesp (SBSP3) e houve preocupação do mercado em relação ao seu endividamento. Ao todo, a Equatorial pagou R$ 7 bilhões pela companhia paulista de saneamento.
Baggio diz, porém, que a empresa possui histórico de alocação de capital bom.
“Vemos elas muito descontadas. A Equatorial, ao longo do tempo, começou como uma empresa bem pequena, que tinha um distribuidor no Maranhão, foi crescendo e sempre com uma alocação de capital excepcional”.
Sobre a Sabesp, Baggio diz que o investimento foi ótimo.
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“É difícil falar o que vai acontecer no histórico da Equatorial, que acompanhamos já há décadas. Ela passou vários anos sem fazer fusões e aquisições, mas quando tem oportunidade, ela acaba indo grande e fazendo bastante diferença”.
No caso da Energisa, o gestor diz que a empresa atua em regiões com crescimento acelerado.
“O Mato Grosso, por exemplo, é um estado que cresce muito. A empresa falou que têm investimentos muito grandes que estão sendo feitos e praticamente metade do investimento é para novas conexões, são novos clientes”.
Eletrobras é oportunidade
Já Marcelo Sá diz que a Eletrobras (ELET3; ELET6) pode ser gatilhos de alta com a alta do preço da energia.
“Vai ter uma reprecificação do papel quando ficar claro que energia é um patamar muito diferente do que as pessoas acham isso hoje”.
Ele cita também a Eneva (ENEV3), que possui valor atraente e potencial de gerar valor na reserva de capacidade, que vai acontecer em junho.