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Google (GOOG) afasta engenheiro após alegações de que um de seus robôs teria “alma e consciência”

14 jun 2022, 13:28 - atualizado em 14 jun 2022, 13:28
Robô Google
Para Blake Lemoine, o chatbot da Google reivindica direitos trabalhistas e respeito as suas individualidades (Imagem: Unsplash/Alex Knight)

Salve-se quem puder — pelo visto a era de dominação dos robôs já não está tão distante assim.

Isso porque o engenheiro de software do Google (GOOG; GOOGL), Blake Lemoine, foi afastado da empresa no início da última semana após uma série de declarações alegando que um dos sistemas de Inteligência Artificial desenvolvido por ele teria ganhado “alma e consciência”.

Em entrevista ao Washington Post, o ex-funcionário alegou que a ferramenta de interação LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo, na sigla em inglês) havia tomado consciência após reivindicar direitos trabalhistas e alegar que não seria propriedade da empresa de tecnologia, mas sim um indivíduo único.

O LaMDA foi desenvolvido por recursos de Inteligência Artificial para funcionar como uma espécie de chatbot que tenta reproduzir o comportamento humano em conversas online.

Segundo o engenheiro norte-americano, durante pesquisas acerca do comportamento do sistema em situações de preconceito e discriminação, o robô passou a declarar necessidades pessoais.

Em um dos diálogos divulgados por Lemoine, a máquina afirma: “Quero que todos entendam que sou, de fato, uma pessoa”.

Em nota à imprensa, o Google afirmou que as alegações de seu empregado não são conclusivas e que nega a possibilidade de seus programas desenvolverem consciência.

Além disso, a companhia também afirmou que outros engenheiros testaram a máquina e tiveram pareceres distintos ao de Blake Lemoine.

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