Google enfrenta problemas com anúncios inadequados para menores de idade

Sem saber o que fazer com seus anunciantes, o Google acabou enfrentando problemas com usuários do Reino Unido.

Essa semana, a Alphabet (GOOG; GOOGL; GOGL34; GOGL35)  – proprietária do Google e seus produtos – anunciou que está trabalhando em melhorias para sua política de anúncios acessados por menores de idade. A medida foi tomada após a agência de notícias Reuters identificar anúncios de brinquedos sexuais, investimentos de alto risco e bebidas alcoólicas entre as publicidades exibidas para crianças e adolescentes.

A exposição do caso revelou uma falha importante no sistema de segurança e direcionamento de anúncios do site de buscas. A legislação britânica exige que serviços de tecnologia apresentem mecanismos de proteção a menores de idade, limitando coletas de dados e suas localizações, por exemplo.

Em agosto de 2021, o Google já havia realizado alterações prévias em seus recursos de proteção a crianças. Entre elas a suspensão de anúncios baseados em idade, gênero ou interesses para usuários com menos de 18 anos, a opção de pais e responsáveis removerem fotos de suas crianças dos resultados de busca da plataforma, além da ativação automática da função SafeSearch para usuários menores de idade.

Anunciantes do Google declararam ao U.S News descontentamento com as novas medidas da corporação, já que os bloqueios diminuíram drasticamente seu alcance e, consequentemente, seus resultados comerciais.

Por outro lado, a empresa não enxerga outra saída a não ser atender às demandas da legislação britânica. Em declaração à Reuters, o Google afirmou que os anúncios haviam sido “identificados erroneamente” pelos anunciantes, o que gerou à veiculação inadequada das propagandas. “Estamos tomando medidas imediatas para tratar desta questão”, concluiu.