Golpe de restituição do Imposto de Renda via Pix é aplicado
Dois empregados de instituições financeiras afirmam que a restituição do Imposto de Renda 2023 já passa por golpe do Pix.
De acordo com relatos obtidos pelo Valor Econômico, criminosos enviam mensagens por WhatsApp, afirmando terem mandado uma quantia do Pix para a vítima sem querer.
Assim, eles pedem que a pessoa transfira o valor de volta. No entanto, o valor pedido pelos criminosos coincide com o da restituição do Imposto de Renda da vítima.
De acordo com o jornal, as instituições financeiras contatadas suspeitam de um possível vazamento de dados da base da Receita Federal.
- GIRO DO MERCADO: Seu programa diário de segunda a sexta-feira, sempre ao meio-dia para te trazer todas as notícias que fervem no mercado financeiro e as análises que impulsionam seus investimentos! Salve o link e não perca!
Golpes do Pix
Com a instantaneidade proporcionada pelo Pix, ainda que as operações sejam rastreáveis, criminosos aproveitam a possibilidade de distribuir o valor entre diversas contas rapidamente, dificultando o trabalho dos bancos de rastrear o dinheiro perdido pelo cliente.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os números de ataques originados de engenharia social mais do que dobraram entre o segundo semestre de 2020 e os primeiros seis meses de 2021, com uma alta de 165%.
A Febraban destaca que os bancos contam com alta tecnologia para evitar golpes e fraudes. No entanto, a segurança faz com que o fraudador brasileiro se volte para o cliente final.
“Técnicas como a do phishing, ou pescaria digital, usam e-mails, SMS, mensagens em aplicativos, posts em redes sociais e páginas falsas na internet para induzir o usuário a revelar senhas e dados pessoais ou clicar em links que instalam aplicativos maliciosos no celular do cliente”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Ainda, Volpini destaca que existem criminosos que se passam por falsos funcionários de bancos, empresas e até mesmo como falsos policiais e induzem a vítima a fornecer informações confidenciais.
“Pare, pense e sempre desconfie. A Febraban reforça que dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, tampouco funcionários de bancos ligam para clientes para fazer testes com o Pix. Se isto ocorrer, é golpe”, orienta.
*Com Lorena Matos