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Goldman vê queda significativa da inflação nos EUA em 2023

15 nov 2022, 8:00 - atualizado em 14 nov 2022, 13:43
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A 7,7%, a inflação em outubro foi a mais baixa desde janeiro (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid/File Photo)

Economistas do Goldman Sachs esperam uma queda considerável da inflação nos EUA em 2023, com menos problemas na cadeia de suprimentos, um pico na alta do custo de moradia e um crescimento salarial mais lento.

O banco espera que o núcleo do índice de despesas com consumo pessoal (PCE) diminua para 2,9% até dezembro de 2023, de 5,1% atualmente, economistas liderados por Jan Hatzius disseram em nota.

Preços de commodities mais fracos e um dólar mais forte também ajudarão a atenuar a inflação americana.

Dados da semana passada apontaram para um arrefecimento nos preços ao consumidor nos EUA, medidos pelo CPI.

A 7,7%, a inflação em outubro foi a mais baixa desde janeiro.

Para o Goldman, a contribuição de bens com restrição de oferta para o núcleo da inflação será negativa, caindo de um componente positivo de 0,6 ponto percentual atualmente para 0,4 ponto percentual negativo no final de 2023.

Isso responderá por quase metade da desaceleração no núcleo da inflação

As interrupções na cadeia de suprimentos e o congestionamento de remessas diminuíram significativamente em 2022, e os estoques de carros e bens de consumo se recuperaram de níveis extremamente deprimidos.

O fornecimento de semicondutores, em particular, melhorou drasticamente, com remessas de microchips automotivos agora 42% acima de 2019

A segunda razão do Goldman para esperar um núcleo da inflação mais baixa é um pico na inflação de moradia na comparação ano a ano, que os economistas do banco preveem para a primavera no hemisfério norte, por volta do segundo trimestre.

A forte demanda por unidades de aluguel já catalisou uma resposta de oferta: 1 milhão de apartamentos estão em construção ou já com licença para construir, o maior número desde 1974.

As taxas de disponibilidade de imóveis para aluguel estão começando a se recuperar e provavelmente voltarão a níveis pré-pandemia no próximo ano, segundo o Goldman.

Por fim, o Goldman espera que um crescimento salarial mais lento reduza a pressão sobre a inflação de serviços até o final de 2023.

O reequilíbrio do mercado de trabalho já está reduzindo o crescimento salarial, principalmente em setores com grandes declínios na defasagem entre vagas e trabalhadores, como varejo e lazer.

O banco espera que o crescimento salarial anual caia em 1,5 ponto percentual para 4% até o final de 2023, ajudando a desacelerar a inflação nas categorias de serviços que precisam de muita mão de obra.

“Em suma, prevemos que a inflação do PCE caia significativamente”, escreveram os economistas do Goldman.

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