Comprar ou vender?

Smart Fit (SMFT3): Goldman Sachs vê potencial alta de quase 50% nas ações e inicia cobertura com recomendação de compra

01 jul 2024, 16:09 - atualizado em 01 jul 2024, 16:09

Com potencial valorização de quase 50% em um ano, o Goldman Sachs iniciou a cobertura das ações da rede de academias Smart Fit (SMFT3). 

A recomendação é de compra com preço-alvo em 12 meses de R$ 32, o que representa uma potencial valorização de 48,1% em relação ao fechamento da última sexta-feira (28). 

“Acreditamos que a Smart Fit oferece um perfil de crescimento atraente, impulsionado principalmente por uma expansão orgânica gradual e consistente em toda a América Latina.”, escrevem os analistas , que assinam o relatório. 

Sendo assim, a visão positiva do Goldman Sachs é sustentada pelo sólido histórico de execução em um mercado que oferece níveis mais elevados de consolidação e a forte economia unitária na expansão marginal. 

Além disso, o banco enxerga que a rede de academia tem vantagens de escala relevantes que a permitem ter melhores retornos, enquanto oferece uma proposta de valor melhor que os concorrentes.  

Em reação a recomendação, as ações da Smart Fit avançaram 3,01% na máxima intradia, a R$ 22,25 nos primeiros minutos após a abertura. Por volta de 15h (horário de Brasília), os papéis SMFT3 sobe 1,53%, a R$ 21,93. 

As estimativas do Goldman Sachs 

O Goldman Sachs destaca que a SMFT3 está abaixo do seu potencial total de ganhos, uma vez que a depreciação contábil é mais rápida do que a depreciação real. 

“Se normalizássemos as despesas de depreciação para 7% da receita bruta (em linha com o investimento em manutenção), isso implicaria que o estoque atualmente é negociado a 16x o preço/lucro (P/L) ajustado em 2024 – o que significa um prêmio o em relação a outros varejistas”, escrevem os analistas. 

Para isso, o banco projeta um crescimento do EPS (lucro por ação) de 33% entre os anos de 2024 e 2027. 

“Isso significa que a nossa expectativa de crescimento de EPS dependem menos de novas eficiências operacionais ou alavancagem e muito mais sobre a Smart Fit continuar a fazer o que já está fazendo: selecionando os bons locais para abrir suas unidades e operá-los com consistência”, diz o relatório. 

Além disso, a projeção da taxa anual de crescimento anual composta de vendas é de 18% e o lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) de 19% nos próximos três anos. 

Por fim, o Goldman Sachs projeta uma taxa interna de retorno (TIR) real próxima de 20% para a expansão marginal. 

Os riscos para Smart Fit

O Goldman Sachs não descarta os ventos contrários à visão positiva sobre a rede de academias. Os riscos são de uma maior concorrência e de uma fragmentação ‘natural’ da participação no mercado — em parte à natureza de cura duração de alguns conceitos na indústria ‘fitness’.

“Reconhecemos estes riscos, mas acreditamos que a escala da Smart Fit deverá permitir que a empresa enfrente picos temporários na concorrência local, ao mesmo tempo que seus investimentos em novos conceitos fitness e no plano de benefícios corporativos TotalPass fornecer uma proteção contra as mudanças nas tendências do mercado”, além da vantagem de ser o pioneiro, afirmam os analistas.

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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