Goldman Sachs vê ouro a US$ 1.800 como ‘refúgio de último recurso’
O Goldman Sachs (GS) aumentou a previsão para o ouro para US$ 1.800 a onça, já que o coronavírus, juros reais muito baixos e maior foco nas eleições dos Estados Unidos continuam a impulsionar a demanda pelo metal como porto seguro.
O banco elevou sua projeção de 12 meses em US$ 200 e disse que “no caso de o efeito do vírus se estender para o segundo trimestre, poderíamos ver o ouro acima de US$ 1.800 a onça já em três meses”. O ouro à vista, que acumula alta superior a 8% este ano, chegou a ser negociado a US$ 1.651,70 a onça na quinta-feira.
O ouro é negociado perto da máxima de sete anos, impulsionado por um número crescente de casos de coronavírus em todo o mundo que ameaçam reduzir a atividade econômica global.
O metal superou o desempenho de moedas vistas como porto seguros tradicionais, como o iene e o franco suíço, e consideradas “refúgio de último recurso”, disse Mikhail Sprogis, analista do Goldman, em relatório na quarta-feira.
O banco projeta que as cotações subam para US$ 1.700 a onça em três meses e para US$ 1.750 em seis meses. A previsão anterior era de US$ 1.600 para os dois períodos. O Goldman também elevou a previsão para a prata.