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Goldman Sachs vê maior impacto para ação com 19% de vendas líquidas nos EUA após tarifas de Trump ao Brasil; saiba qual é

10 jul 2025, 12:16 - atualizado em 10 jul 2025, 12:16
Goldman Sachs suzano
(Imagem: REUTERS/Brendan McDermid/File Photo)

O Goldman Sachs enxerga um impacto maior para as ações da Suzano (SUZB3) a partir das tarifas de 50% impostas ao Brasil pelo presidente Donald Trump.

Segundo o banco, a empresa tem a maior exposição aos EUA, com 19% das vendas líquidas, seguida pela CSN (CSNA3), com 5% dos embarques de aço, a Vale (VALE3), com 3% das vendas líquidas ao país, e Klabin (KLBN11), com 2% das vendas líquidas. Por fim, Gerdau (GGBR4) e Dexco (DXCO3) são as menos impactadas, com 1% dos embarques e vendas de aço. 

“A Suzano é a mais negativamente impactada pelas tarifas anunciadas (assumindo que não haja isenção de produtos). Sua exposição relativamente alta aos EUA é grande demais para ser facilmente redirecionada a outras regiões e exigiria um esforço significativo em termos comerciais e logísticos, além de potencial pressão sobre preços nesse processo”, apontam Marcio Farid, Henrique Marques e Emerson Vieira.

Além disso, os analistas entendem que a empresa possui contratos de longo prazo com grandes compradores na região, que também não poderiam ser facilmente alterados devido a exigências de especificações de qualidade.

“No curto prazo, o consumo de estoques no próprio mercado americano poderia adiar temporariamente o impacto, mas assumindo que não haja mudanças na política dos EUA, esperamos que os compradores busquem alternativas mais viáveis de regiões com tarifas mais baixas (como Chile e Uruguai, e talvez alguma oferta doméstica)”. 

O mercado de celulose no Brasil, segundo o Goldman Sachs

No mercado geral de celulose, o Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas para os EUA em 2024, equivalente a 78% do consumo americano de fibra curta (hardwood), 14% das exportações brasileiras de celulose e 7% do mercado global de fibra curta.

Esse volume é relevante demais para ser substituído por outras regiões de maneira ordenada.

“Naturalmente os substitutos seriam Uruguai e Chile, mas a produção consolidada dessas regiões soma 9,5 milhões de toneladas por ano de hardwood. Portanto, caso a tarifa de 50% entre em vigor, alguns desequilíbrios de oferta e demanda também poderiam ser esperados”.

No setor de aço, o banco entende que as tarifas se somam aos 50% já impostos sobre as importações de aço, totalizando 100% em tarifas.

“O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA, principalmente de blocos (slabs), sendo a ArcelorMittal Brasil um dos principais fornecedores”. 

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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